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Agronegócio

Índia desbanca Brasil em exportações agrícolas para mercado árabe

País registrou a participação de 8,25%, superando a liderança brasileira

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De acordo com dados recém-compilados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a Índia desbancou a liderança histórica do Brasil junto ao bloco, superando o país na venda de alimentos para a Liga Árabe. Segundo os dados do levantamento feito em 2020, o Brasil respondeu por 8,15% das importações agrícolas dos 22 países membros da entidade diplomática. Entretanto, a Índia superou o Brasil, registrando participação de 8,25%.

Em 2020, a pandemia acabou interferindo na desorganização das rotas marítimas, os contêineres frigoríficos se tornaram escassos, além da alta concentração de companhias de navegação que fizeram com que as rotas tradicionais entre o Brasil e os portos árabes se alongassem, perdendo assim, espaço para índia por conta de problemas na logística.

Mercadorias que antes chegavam à Arábia Saudita em 30 dias, agora demoram cerca de 60 dias e, apesar dos avanços na vacinação e na recuperação econômica, essa situação ainda persiste.

De acordo com o executivo Mansour, o País está “buscando conversar com investidores para viabilizar a criação de linhas marítimas diretas, um antigo sonho da Liga Árabe, cuja necessidade está mais que evidente neste momento”.

Mansour destacou que embora o Brasil agora tenha uma pequena participação na Liga Árabe, o País continua avançando. A receita do Brasil em 2020, aumentou 1,4% com as exportações agrícolas aos árabes, com volume de 15,9%. Além disso, em 2021 as vendas chegaram a somar US$ 6,78 bilhões, um aumento de 5,5%.

Por vez, o executivo ainda lembra que 2020 foi um ano difícil para os árabes, caracterizado pela escassez de abastecimento com a interrupção da cadeia externa da qual dependem dos esforços da China para fortalecer seu estoque. Com isso, houve grande esforço para expandir a lista de fornecedores, o que fez com que Índia, Turquia, Estados Unidos, França e até Argentina se envolvessem mais no bolo árabe.

“É um ponto de virada. Os sauditas ainda são grandes compradores, mas também já são reexportadores líquidos de alimentos, é fato. Seus preços, no entanto, são mais altos que os do Brasil. Mais uma razão para buscar eficiência na logística”, conclui Mansour.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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