Indicador Antecedente de Emprego sobe 2,2 pontos em junho

Referência de dinamismo da atividade econômica, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) cresceu 2,2 pontos em junho, em comparação com o mês anterior, ao atingir 76,8 pontos, o que constitui o maior nível desde outubro de 2022. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (5) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao revelar que, pelo critério de médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou menos: 0,2 ponto, em igual comparativo.

Esse resultado representa, a princípio, uma retomada da confiança no ritmo de contratações no mercado de trabalho, haja vista que, em maio último, houve queda 0,4 ponto, ante abril, indo para 74,6 pontos, Na ocasião, também levando em conta as médias móveis trimestrais, houve recuo de 0,1 ponto, para 75,3.

Na avaliação do economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Rodolpho Tobler, “a alta de junho do IAEmp compensa as quedas dos últimos dois meses, mas não se afasta muito do patamar de 75 pontos que vem oscilando desde a virada para 2023. Esse resultado sugere que ainda existe cautela sobre o retorno a uma trajetória mais favorável do mercado de trabalho nos próximos meses, mas pode ser um primeiro sinal positivo”, ao prever, “para os próximos meses, boas notícias do ambiente macroeconômico serão fator fundamental para geração de empregos”.

Formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor – que visa antecipar os ‘rumos’ do mercado de trabalho nacional – o indicador sugere expectativa de geração de vagas adiante: quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

Outra conclusão relevante, também a respeito do mês passado, é no sentido de que seis dos sete componentes do IAEmp exerceram influência positiva sobre o resultado geral, com destaque para Situação Atual dos Negócios de Serviços (+0,7 ponto); Emprego Previsto da Indústria (+0,5 ponto), e Tendência dos Negócios da Indústria (+0,5 ponto). Em contrapartida, houve impacto negativo do componente de Situação Atual dos Negócios da Indústria (-0,1 ponto).