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Índice de Confiança empresarial avança para 94,5 pontos em junho

Para FGV, alta reflete percepção de segmento, de que ‘momento mais difícil do ano passou’

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Numa sinalização de que o ‘momento mais difícil’ do ano para o segmento estaria superado, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) avançou três pontos em junho, ante o mês anterior (segunda alta seguida), passando de 91,5 pontos para 94,5 pontos, informou, nesta segunda-feira (3), a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em nota oficial, o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Júnior observa que “o resultado de junho das sondagens empresariais [do Ibre/FGV] sugere que o pior momento para a confiança empresarial em 2023 ficou para trás no início do ano. O ritmo de atividade, ainda que morno, caminha no sentido da normalidade, com sustentação de contratações e alta do nível de utilização na indústria”.

Ao mesmo tempo, Campelo Júnior acentua que “a melhora das expectativas no mês foi influenciada pela definição do novo regime fiscal e pela perspectiva de distensão da política monetária nos próximos meses”, mas acrescenta uma ressalva: “Mas a excessiva preocupação das empresas no horizonte de seis meses revela a persistência de um moderado pessimismo com a possibilidade de uma retomada mais consistente do nível de atividade este ano. A continuidade da tendência de alta da confiança dependerá da evolução do ambiente macroeconômico nos próximos meses”.

Indicador que dá base ao ICE, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) apresentou elevação de quatro pontos, no mesmo comparativo mensal, indo a 95,1 pontos, sob influência do componente ‘Demanda Atual’, que cresceu para 96,8 pontos, com alta disseminada entre os segmentos pesquisados.

Embora tenha apresentado o melhor desempenho, desde setembro de 2022 – ao subir 2,8 pontos, a 96,2 pontos – o Índice de Expectativas (IE-E) ainda ‘inspira’ cuidados’. Isso porque, para a FGV, “ainda há preocupação do setor produtivo nos quesitos com horizonte de seis meses, uma vez que esse componente, que mede as expectativas com o ambiente de negócios nos seis meses seguintes, ficou em 92,8 pontos, abaixo do nível dos itens que medem o otimismo três meses à frente, como o de demanda prevista, aos 94,2 pontos, e o de emprego previsto, 98,3 pontos”.

Outro item relevante, a confiança dos serviços subiu 3,7 pontos, para 96,6 pontos, na passagem de maio para junho, ao passo que o comércio subiu 6,9 pontos, a 94,2 pontos e a da indústria cresceu 1,1 ponto, para 94,0 pontos. Por sua vez, a construção encolheu 0,1 ponto, para 93,9 pontos.

Em que pese a ‘fragilidade’ das expectativas, a confiança registrou expansão em 71% dos 49 segmentos integrantes do ICE, ao reunir informações de 3.857 empresas dos quatro setores entre os dias 1 e 27 de junho.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo considera pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações fornecidas pelas pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE realize uma avaliação ‘mais consistente’ sobre o ritmo da atividade econômica.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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