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Economia

Indústria de máquinas no Brasil tem seu melhor resultado do ano em outubro, diz Abimaq

Setor de máquinas e equipamentos apurou receita líquida de 14,6 bilhões de reais no mês passado.

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O faturamento de fabricantes de bens de capital do Brasil saltou 16% em outubro em relação a igual período de 2019, o melhor desempenho do ano, ajudados por setores pouco impactados pela pandemia e retomada de setores como automotivo, disse nesta quarta-feira a Abimaq.

O setor de máquinas e equipamentos contabilizou receita líquida de 14,6 bilhões de reais no mês passado, crescimento de cerca de 3% frente a setembro e passando a terreno positivo (+0,7%) no acumulado de 2020, segundo a entidade.

O presidente da entidade, José Velloso, informou em apresentação online a jornalistas que ” o setor de máquina só teve queda de faturamento em abril” e que, em maio “começou a crescer”.

“Os últimos três meses foram os três melhores meses desde 2016”, acrescentou Velloso.

Com base na performance de outubro, o setor passou a esperar um crescimento de 1,5% no faturamento em 2020 e um avanço de 4,6% no próximo ano.

“O que tem contribuído para essa melhora são alguns setores como alimentício, embalagens, indústria farmacêutica e mais recentemente setor automotivo começou a trazer melhoras”, explicou Maria Cristina Zanella, diretora-executiva de economia estatística da Abimaq.

O setor fechou o mês passado com um nível de utilização de capacidade instalada de 73,7%, ainda abaixo de cerca de 90% que começaria a estimular os empresários a investir na expansão de suas instalações.

A carteira de pedidos, por sua vez, teve acréscimo em outubro para 9,5 semanas, ante 9,2 semanas em setembro.

A Abimaq não observou casos de empresas tendo que paralisar produção por causa de falta de insumos, mas registrou atrasos nas entregas, algo que espera que se normalize até dezembro, disse Velloso.

Ele afirmou ainda, quando perguntado sobre aumentos nos preços do aço, que “existe possibilidade” de novos aumentos na liga ainda neste ano considerando que o preço do material importado está maior que no Brasil.

O presidente da Abimaq calculou que, neste ano, o preço do aço mais usado pela indústria de máquinas, laminado a quente, já subiu 20%, enquanto alguns outros tipos acumulam aumentos de 30% e até 40%.

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