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Economia

Inflação de longo prazo pode ser o dobro da meta do BC e isso incide nos títulos, diz Nord

Nesse cenário, os títulos prefixados de curto prazo são preferíveis

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A inflação de longo prazo pode ser duas vezes maior do que a meta do Banco Central (BC), diz o analista de renda fixa Christopher Galvão, da Nord Research.

“O BC pretende manter a inflação de longo prazo em 3,0%, e o mercado está precificando que, em média, a inflação de longo prazo será mais do que o dobro da meta de inflação, ou seja, algo em torno de 6,5%”, disse.

E acrescentou: “Isso é bastante, assim, os títulos prefixados de curto prazo são preferíveis aos títulos indexados à inflação.”

Inflação

Inflação e investimentos

De acordo com Galvão, o mercado está pagando, em média, um juro real de 5,5% nos títulos indexados à inflação para os próximos anos. Além disso, está sendo precificado uma inflação implícita média de 6,5%.

“Se você é investidor de Renda Fixa, já deve ter se deparado com títulos prefixados ou indexados à inflação. Títulos IPCA+ pagam a variação do IPCA somado a uma taxa prefixada X% a.a. que tem o nome de Taxa Real. Já a inflação implícita é a diferença entre os juros dos títulos prefixados e as taxas dos títulos IPCA+”, explicou.

E disse mais: “para entendermos melhor essa comparação, vale uma breve explicação. Temos a inflação implícita e os juros reais, como explicamos acima. Caso a inflação nos próximos anos seja, em média, menor do que está sendo precificado na inflação implícita, os prefixados rendem mais. Mas, por outro lado, caso a inflação da economia seja ainda mais forte do que a implícita, os títulos indexados à inflação rendem mais.”

Por fim, elencou que a escolha entre um título prefixado e um indexado à inflação dependerá da perspectiva do investidor em relação à inflação futura comparada com a inflação implícita.

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