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Investimentos: qual a indicação dos mais gestores pessimistas para aplicações?

SPX Capital, Legacy e Asset 1 ficam em alerta diante da preocupação fiscal e segunda onda de contágio da Covid-19.

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Para aqueles que avaliam a rápida recuperação do mercado financeiro, diante da pandemia de Covid-19, podem acreditar que o pior ficou no passado. Após cair quase 50% da máxima até a mínima de 2020, entre 23 de janeiro e 23 de março, a bolsa brasileira registrou alta de aproximadamente 60%, desde o período até 23 de outubro. 

Além disso, os prêmios de risco introduzidos nos títulos públicos, também apresentaram contração. Porém, ao decorrer das últimas semanas, paira o alerta com uma segunda onda de contágio pelo novo coronavírus no mundo. Também, há certa perspectiva negativa de parcela do mercado financeiro sobre o gerenciamento do governo no que concerne à política fiscal. 

Na perspectiva do sócio da SPX Capital, Rogério Xavier, a política tomada pelo Banco Central do Brasil (BC) acarretou a modificação dos portfólios de investidores, em uma velocidade acelerada. Com isso, a SPX aconselha a irem atrás de proteções ainda em julho. “Embora haja razão e motivos para os preços dos ativos financeiros continuarem a subir, acredito que seja hora de pensar em comprar guarda-chuva em dia de sol”, redigiu a gestora, por meio de relatório.

Na última carta mensal, a Legacy Capital sublinhou um cenário mais “turvo” no país com a possibilidade de flexibilização do teto de gastos em 2021 e a queda na chance de reformas estruturais. Diante disso, a alteração do regime fiscal ocasionaria em um cenário mais desfavorável, acarretando inflação elevada, crescimento inferior e aumento de juros. Assim, a gestora diminui a exposição em renda fixa e em Bolsa no Brasil, considerando as incertezas nacionais.

Em meio ao cenário negativo para o governo se financiar, a projeção é o que os investidores permaneçam cobrando mais premiação para adquirir títulos. “Tem bastante vencimento de título público no ano que vem e, se não tiver uma situação do Brasil um pouco melhor, a ponto de aumentar a atratividade para investidores locais e estrangeiros, o problema vai ser ainda maior do que está ocorrendo agora”, destaca o gestor de renda fixa da Asset 1, Bruno Carvalho. Diante disso, se mantêm posições “compradas em inflação”, pelos derivativos ou NTN-Bs, acrescenta.

Ainda, de acordo com o estrategista de investimentos da gestora de patrimônio UBS Consenso, Ronaldo Patah, desde agosto, quando deu início ao debate sobre a política fiscal em 2021, o comportamento tem sido de diminuir o risco da carteira em renda fixa, reduzindo o prazo dos investimentos.

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