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IPC-S consolida deflação, ao fechar junho com variação negativa de 0,10%
Mesmo assim, indicador medido pela FGV acumula inflação de 2,22% no período de 12 meses
Confirmando a tendência das últimas semanas, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou o mês de junho último com uma deflação de 0,10%, ante uma inflação de 0,08% registrada em maio. Em 12 meses, porém, o indicador de inflação apresenta alta de 2,22%. É o que apontam dados divulgados, nesta segunda-feira (3), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em que pese o viés negativo, dos oito grupos de despesa que compõem o IPC-S, apenas dois tiveram recuo de variação, como alimentação (0,36%) e transportes (1,14%). Em contrapartida, exibiram alta educação, leitura e recreação (0,87%) – em contraste, aqui, com uma deflação de 3,37% em maio – vestuário (0,50%), habitação (0,23%), saúde e cuidados pessoais (0,19%), comunicação (0,14%) e despesas diversas (0,12%).
Na terceira semana de junho, por sua vez, o IPC-S apresentou deflação de 0,24% – depois de cair 0,17%, na semana anterior – quando houve queda generalizada de preços de produtos e serviços. Na oportunidade, dos oito grupos pesquisados, cinco registraram retração, com maior contribuição do grupo habitação (recuo de 0,64% para 0,38%, seguido de transportes (-1,43% para -1,65%), saúde e cuidados pessoais (0,51% para 0,36%), alimentação (-0,18% para -0,32%) e despesas diversas (0,49% para 0,28%). Em contrapartida, foi verificado avanço nos grupos de educação, leitura e recreação (-1,20% para -0,33%) e comunicação (-0,01% para 0,14%).
Antes da deflação de 0,17%, na segunda semana, o IPC-S havia apresentado variação zero, com desaceleração mais expressiva, entre as capitais, em São Paulo (0,35% para -0,01%). Em seguida, aparecem Salvador (-0,07% para -0,24%); Brasília (-0,58% para -0,73%); Porto Alegre (-0,27% para -0,37%); Belo Horizonte (0,05% para -0,05%) e Recife (0,20% para 0,14%).
Apesar de ter coleta semanal, a apuração das taxas de variação do IPC-S – que mede o custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos mensais – considera a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento, em que o intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de apenas um dia.
A retração acentuada do IPC-S não deixa de ser reflexo da permanência da política de aperto monetário conduzida pelo Banco Central (BC), assim como espelha o elevado nível de endividamento das famílias brasileiras.
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