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IPC-S consolida tendência de alta, ao avançar 0,10% na terceira leitura de julho
Resultado ocorre após variação nula na primeira quadrissemana do mês e elevação de 0,07%, na segunda
Consolidando uma tendência de alta em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Final (IPC-S) saiu de uma variação nula, na primeira quadrissemana de julho, avançou 0,07% na segunda e agora subiu para 0,10% na terceira leitura do mês, acumulando inflação de 3,43% em 12 meses e de 3,55%, no comparativo anual, informou, nesta segunda-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na verdade, o percentual da terceira quadrissemana deste mês seria ainda maior – inicialmente previsto em 0,25% – não fosse pela deflação acentuada do grupo Alimentação, que recuou de -0,08% para -0,18%, aponta o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da FGV, Paulo Picchetti.
“O movimento de alimentação foi puxado pelo comportamento dos produtos in natura, mas também tivemos quedas disseminadas por outros itens, como leite, frango, óleo de soja e feijão, o que explica essa deflação mais intensa e que deve continuar na próxima quadrissemana”, adiantou o coordenador, ao destacar, também, o efeito, no indicador, do recuo expressivo da energia elétrica residencial, de -1,82% para -3,20%, em razão da aplicação do ‘bônus’ de Itaipu.
Para este último resultado, o estudo da fundação observou que quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram variação positiva, com destaque, mais uma vez, para o grupo Transportes, que cresceu de 0,20%, na quadrissemana anterior, para 0,76%, nesta, sob influência do item automóvel novo, cuja deflação se reduziu de -3.20% para -1,24%.
Do mesmo modo, também subiram: Despesas Diversas (0,20% para 0,49%), puxado pelos serviços bancários (0,08% para 0,63%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,02% para 0,09%) sob influência dos artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,83% para -0,57%) e Educação, Leitura e Recreação (1,19% para 1,24%), a reboque dos serviços bancários e show musical (-0,72% para 0,36%).
Ao mesmo tempo, recuaram os grupos Habitação (-0,42% para -0,74%), influenciado pela baixa, já citada, da tarifa de eletricidade residencial (-1,82% para -3,20%); Alimentação (-0,08% para -0,18%), que refletiu a redução das hortaliças e legumes (3,70% para 2,32%); Vestuário (0,24% para -0,11%), por conta do recuo de roupas masculinas (0,29% para -0,31%) e Comunicação (0,16% para 0,10%), decorrente da baixa dos serviços de streaming (0,15% para 0,00%).
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