Economia
IPC-S sobe 0,48% na 1ª quadrissemana de março, segundo FGV
Indicador semanal avança, após fechar fevereiro com variação positiva de 0,34%
‘Puxado’ pelo aumento substancial da gasolina, que saiu de uma deflação de 0,26% para uma elevação de 1,6% – item de maior impacto no grupo Transportes, que cresceu de 0,43% para 0,92% – o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu de 0,34%, na última quadrissemana de fevereiro, para 0,48%, na primeira quadrissemana deste mês, conforme atestam dados divulgados, nesta quarta-feira (8) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Se considerado o período dos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 3,27%, inferior aos 4,66% computados em fevereiro, pelo mesmo critério.
Na passagem do segundo para o terceiro mês de 2023, cinco das oito classes de despesas do IPC-S apresentaram variação positiva, além dos Transportes, como Alimentação (-0,03% para 0,21%); Habitação (0,60% para 0,69%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,86%) e Comunicação (0,67% para 0,71%), com maior influência individual das hortaliças e legumes (-7,09% para -4,47%); aluguel residencial (2,71% para 3,69%); aparelhos médico-odontológicos (0,13% para 0,48%) e tarifa de telefone móvel (0,52% para 1,12%).
Variações distintas apresentaram as classes de Educação, Leitura e Recreação (-0,80% para -1,05%); Vestuário (0,36% para 0,25%) e Despesas Diversas (1,01% para 0,96%), influenciadas pelas passagens aéreas (-4,24% para -5,50%); roupas femininas (0,39% para -0,08%) e alimentos para animais domésticos (1,47% para 0,93%).
Também pressionaram a alta do indicador da primeira quadrissemana deste mês o aluguel residencial (2,71% para 3,69%); licenciamento – IPVA (3,27% para 3,31%); plano e seguro de saúde (que repetiu a variação de 1,11%) e serviços bancários (que repetiu a variação de 1,49%). Exercendo efeito de redução do índice, figuram: batata inglesa (-14,75% para -14,60%); tomate (-9,50% para -7,22%); cebola (-14,63% para -10,60%) e frango em pedaços (-1,50% para -2,45%).
Queda por pouco tempo – Depois de subir 0,80% em janeiro, o IPC-S variou 0,34% em fevereiro, o que resultou num saldo acumulado de 4,66% em 12 meses. Tal declínio, acentua a FGV, contou com o recuo de quatro dos oito grupos de despesas pesquisados, com destaque para alimentação, que caiu 0,51 ponto percentual (pp), ao passar de 0,48% em janeiro para -0,03% em fevereiro, mas também devido à queda dos grupos educação, leitura e recreação (-4,08 pp), que havia despencado de 3,28% para -0,80%, transportes (-0,49 pp), caindo de 0,92% para 0,43% e comunicação (-0,06 pp), indo de 0,73% para 0,67%.
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