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Economia

IPCA-15 avança para 0,35% em setembro

‘Prévia da inflação’ agora acumula alta de 3,74% no ano e de 5%, em 12 meses

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Após breve deflação, de junho para julho, quando passou de 0,04% para -0,07%, respectivamente, o IPCA-15 – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, também ‘batizado’ de ‘prévia da inflação’ – acentuou a alta de 0,28%, em agosto, ao avançar para 0,35%, em setembro, acumulando alta de 3,74% no ano e de 5% em 12 meses, superior aos 4,24% observados em igual período, no mês passado. Em setembro de 2022, o indicador apresentou deflação de 0,37%.

As informações foram divulgadas, nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao revelar que, em outro cálculo, o IPCA-E – que corresponde ao IPCA-15 acumulado trimestralmente (julho, agosto e setembro) – subiu 0,56%, em relação ao trimestre imediatamente anterior, além de contrastar com a deflação de 0,97%, registrada em idêntico trimestre do ano passado.

Vilão da carestia – Como em outras oportunidades, o título de ‘vilão da carestia’ coube ao grupo Transportes, que cresceu 2,02%, exercendo impacto de 0,41 pontos percentuais (p.p.) sobre o índice geral, por sua vez, influenciado pela alta de 5,18% da gasolina e peso de 0,25 ponto percentual.

Também avançaram itens, como demais combustíveis (4,85%), óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%). Depois de deflacionar 11,36% no mês passado, as passagens aéreas ‘decolaram’ 13,29% em setembro. Em contraste, houve recuo do etanol (-1,41%).

Além desse, outros cinco grupos, dos nove cobertos pela pesquisa, exibiram elevação este mês, com destaque para Habitação (0,30% e peso de 0,05 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,17%), enquanto houve declínio no grupo Alimentação e bebidas (-0,77% e -0,16 p.p.).

No caso específico da Habitação, exerceram influência neste grupo, o aumento da energia elétrica residencial (0,66%), que refletiu o reajuste de 9,40% em Belém (8,81%); a majoração da taxa de água e esgoto (0,12%), devido ao reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%) e a deflação de 0,46% do gás encanado em duas áreas pesquisadas: Curitiba (-1,47%) e Rio de Janeiro (-0,84%).

Para a alta de 0,17% do grupo de Saúde e cuidados pessoais contribuiu o reajuste de 0,71% dos planos de saúde, autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para aqueles contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho.

Já a deflação de 0,77% do grupo Alimentação e Bebidas foi ‘puxada’ pelo recuo de 1,25% dos preços da alimentação no domicílio (-1,25%), assim como pelas deflações da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). Pelo lado das altas, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preço, com destaque para o limão (32,20%) e para a banana-d’água (4,36%).

No ranking regional, a maior baixa foi verificada em Salvador (-0,03%) – por influência da cebola (-16,60%) e das carnes (-3,95%) – ao passo que a maior variação ocorreu em Belém (1,00%), em decorrência da alta da tarifa de energia elétrica residencial (8,81%) e da gasolina (6,51%).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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