Economia
IPCA sobe de 0,23% para 0,26%, na passagem de agosto a setembro
IBGE: índice oficial acumula inflação de 3,5% no ano e de 5,19% em 12 meses
Depois de avançar de 0,12% para 0,23%, de julho para agosto, o IPCA apresentou ligeira alta para 0,26% em setembro, como reflexo direto do aumento de 2,8% da gasolina (responsável por adicionar 0,14 ponto percentual ao indicador geral), apontou, nesta quarta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com este resultado, o índice oficial de inflação agora acumula variação positiva de 3,5% no ano e de 5,19% em 12 meses, superando os 4,61% acumulados no mesmo período em agosto. Em setembro do ano passado, houve deflação de 0,29%.
Dos nove grupos pesquisados pelo instituto, o de transportes apresentou o maior impacto (0,29 p.p.) no índice e a maior variação (1,40%), o qual também foi pressionado pelas passagens aéreas, que respondeu pela segunda maior variação mensal (13,47%) e segundo maior impacto (0,07 pp) no IPCA, após deflacionar 11,69% em agosto.
Em decorrência da alta de 10,11% do óleo diesel, do avanço de 0,66% do gás veicular e do recuo de 0,62% do etanol, o item combustíveis cresceu 2,70% em setembro. Já o aumento de 0,42% do item ônibus intermunicipal sofreu influência do reajuste de 12,90% do setor Salvador (2,62%) a partir de 10 de agosto último. Já a alta de 0,47% do grupo habitação no mês passado, ante agosto, refletiu, sobretudo, a elevação de 0,99% da energia elétrica residencial.
Por locais, o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida, aponta os impactos das revisões em São Luís (10,74%), devido ao reajuste de 10,43%, a partir de 28 de agosto; em Belém (3,00%), que teve alta de 9,40%, a partir de 15 de agosto; e em Vitória (0,65%), com reajuste de 3,20% após 7 de agosto.
No grupo habitação, o destaque coube ao reajuste de 0,02% da taxa de água e esgoto (0,02%), por sua vez, decorrente de reajustes de 5,02% em Brasília (0,45%), a partir de 1º de agosto, e de 1,37% em Vitória (0,13%), a partir de 1º de agosto. Pelo viés de queda, o gás encanado caiu 0,10%, por influência de reduções tarifárias Curitiba (-0,42%) e no Rio de Janeiro (-0,14%).
Em contraponto, exerceu pressão de baixa (-0,15 p.p.) sobre o indicador geral a deflação de 0,71% do grupo alimentação. “É o grupo de maior peso no IPCA e teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo trajetória de queda no preço dos alimentos principalmente para consumo no domicílio”, comentou Almeida, ao acrescentar que o resultado da alimentação refletiu as variações da batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%).
Mesmo subindo 0,12% no mês passado, a alimentação fora do domicílio, reduziu o ímpeto de alta ante agosto, quando cresceu 0,22%. Nesse sentido, Almeida comenta que esse grupo “ainda teve altas em refeição (0,13%) e lanche (0,09%), também menos intensas do que as do mês anterior (de 0,18% e 0,30%, respectivamente).
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