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Moedas

Irmãos encontram 32 milhões de cruzados: quanto esse dinheiro vale hoje?

Achado seria uma herança milionária ou não tem mais valor na atualidade?

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A descoberta de 32 milhões de cruzados, encontrados por irmãos após o falecimento do pai, foi destaque em uma reportagem de novembro de 2024 do portal G1. Esse tesouro do passado estava em uma residência da cidade de Araguaína, no Tocantins.

Os irmãos Valadares encontraram a quantia em uma mala deixada pelo pai, Paulo Abreu, que morreu aos 77 anos em 2012. O surpreendente achado não possui mais valor financeiro hoje em dia, mas levanta discussões sobre as transformações econômicas no Brasil.

A quantia encontrada, se atualizada pela inflação acumulada até 2024, atingiria R$ 23,6 milhões. No entanto, devido às mudanças econômicas, as notas de cruzados não têm mais valor monetário oficial.

Evolução econômica e desvalorização

O cruzado circulou no Brasil de 1986 a 1989, período durante o qual a economia brasileira passou por inúmeras transformações. A moeda foi substituída pelo cruzado novo, depois cruzeiro, cruzeiro real e, finalmente, pelo real.

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O conselheiro Eduardo Araújo, do Conselho Federal de Economia, explica em entrevista ao G1 que o valor atualizado dos cruzados seria uma estimativa para manter seu poder de compra original. Entretanto, a conversão para real não é mais viável.

Decadência do valor financeiro

Segundo o Banco Central, as cédulas de cruzados deixaram de ser aceitas em 1989. Sem possibilidade de troca, a “fortuna” dos irmãos Valadares não pode ser convertida para a moeda atual.

Porém, considerando a conversão histórica, 1 real atualmente equivale a 2,75 bilhões de cruzados. Assim, os 32 milhões de cruzados pertencentes a Waloar e seus irmãos corresponderiam a R$ 0,01 — isso mesmo, apenas um centavo de real!

O interesse dos colecionadores

Apesar da perda de valor financeiro, as cédulas e moedas encontradas têm significância histórica. O colecionador Rafael Augusto aponta que esse tipo de item, produzido em larga escala, é muito comum entre colecionadores.

Para esses especialistas, o valor é simbólico. As notas valem de 10 a 20 centavos cada uma, enquanto as moedas podem valer de 10 a 20 reais o quilo.

Esse achado destaca a importância de compreender o impacto das mudanças econômicas e a relevância de coleções históricas. Mesmo sem valor financeiro, a história dos cruzados revela lições sobre confiança bancária e preservação de bens ao longo do tempo.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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