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Itaú (ITUB4) negocia venda de ativos na Argentina com Banco Macro

País vizinho vive uma crise econômica intensa.

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O Itaú (ITUB4) negocia a venda de seus ativos na Argentina com o Banco Macro.

A instituição financeira brasileira confirmou a intenção na manhã desta terça-feira (6) por meio de documento encaminhado ao mercado.

A nota tem a função de ser um posicionamento a notícias veiculadas na imprensa portenha e, em resposta, o Itaú pontua que até o momento não assinou documento vinculante em relação a esta possível alienação e comunicará imediatamente ao mercado qualquer informação relevante sobre este fato.

“Listado na bolsa de Buenos Aires e New York, o Banco Macro é um dos principais bancos privados da Argentina. Possui uma extensa rede de agências no país e oferece produtos e serviços financeiros por todo o território argentino, atendendo a todos os segmentos, desde pessoas físicas até grandes empresas”, destacou.

Itaú (ITUB4): cenário econômico da Argentina

A XP Investimentos analisou o cenário econômico da Argentina, conforme relatório divulgado na primeira semana de abril de 2023.

No documento, a gestora destaca que, segundo dados divulgados pelo INDEC (Instituto nacional e Estadística y Censos), o IBGE argentino, a inflação do país foi de 6,6% em fevereiro de 2023, acumulando um crescimento de preços de 102,5% nos últimos 12 meses.

“É a primeira vez que a inflação chega a três dígitos desde 1991, quando a economia argentina passava por uma crise de hiperinflação sem precedentes”, apontou, acrescentando que a situação atual é fruto de uma combinação de fatos históricos, com foco na dívida externa, e problemas pontuais, que traz efeitos em vários campos da economia argentina.

O que está acontecendo com a economia argentina?

Segundo a XP, no comunicado divulgado junto com os dados de inflação de fevereiro o secretário de Política Econômica da Argentina, Gabriel Rubinstein, atribuiu o dado ao aumento do preço da carne, alavancado pela estiagem que assola os pampas argentinos.

“Os dados de inflação de fevereiro são, sem dúvida, muito ruins. Em especial, em fevereiro o impacto da carne foi muito forte, que subiu 19,5% devido à intensa estiagem que estamos passando”, disse o secretário.

Mas existem muitos outros elementos que contribuem para esse cenário. Começando pela queda do Peso argentino, que desde 2015 perdeu 95,9% de valor em relação ao dólar.

“Em alguns setores da economia, como o mercado imobiliário, a moeda considerada já é o dólar. O peso argentino no mercado paralelo vale quase a metade comparado com o câmbio oficial. A criação deste cambio reflete a falta de confiança na moeda doméstica após traumas recorrentes.”, ressaltou a XP.

Peso argentino

A gestora disse mais: “o derretimento da moeda é impulsionado por outros problemas, como a alta dívida externa. Em 2018, o governo argentino pegou US$ 57 bilhões em empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional), no maior empréstimo já concedido pelo órgão. No entanto, as garantias para o empréstimo consistiam no aumento das reservas internacionais da Argentina — mas o que se viu até o momento é o inverso. No momento do empréstimo, as reservas argentinas estavam na casa dos US$ 65 bi. No fechamento de 2022, o número estava na casa dos US$ 45 bi, ficando abaixo da casa dos US$ 40 bi durante 2020 e 2021”.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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