Itaúsa: Com venda da XPart, investidores podem receber gordos dividendos no futuro

Com a venda da fatia da Itaúsa (ITSA4) na XPart, empresa criada a partir da cisão da participação do banco Itaú (ITUB4) na XP Inc (XP), investidores poderão ter um ganho de capital significativo. Isto é, a operação pode resultar em dividendos elevados no futuro, conforme relatório da Ágora Investimentos enviado a clientes nesta terça-feira, 23.

Assim, a holding passará a ter cerca de 15% da nova empresa. Os analistas Victor Schabbel e José Cataldo elevaram o preço-alvo dos papeis da Itaúsa para R$ 13, com potencial de valorização de 33%, “após incorporar os novos valores de mercado e preços-alvo para as investidas da Itaúsa (também adicionando Copagaz ao nosso SOTP (avaliação por soma das partes) e considerando um desconto de 15% como justo”. Contudo, a recomendação neutra foi mantida.

Para os especialistas, a Itaúsa é uma boa opção para investir no Itaú e diversificar a carteira. Isso porque a companhia tem participação em empresas de diferentes segmentos, tais como a Duratex (DTEX3), Alpargatas (ALPA4), Copagaz e Liquigás, além da própria participação na XPart.

Vale destacar que, no ano passado, a holding declarou que pretendia manter participação relevante na empresa a curto e médio prazo, mantendo uma atuação alinhada entre elas. Contudo, a Itaúsa não deve manter sua participação a longo prazo, devido à sua estratégia de diversificar o portfólio de companhias de outros segmentos.

No quarto trimestre de 2020, a Itaúsa registrou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões, o que representa alta de 6% na comparação anual. De acordo com a holding, a melhora nos resultados se deve ao crescimento da Duratex no segmento de materiais para construção civil, ganhos nas exportações da Alpargatas e a apreciação do valor justo de ativos da transportadora de gás natural NTS.