Já existe classificações de IA para pobres e ricos? Entenda essa ‘divisão de classes’

No cenário contemporâneo, a inteligência artificial (IA) está revolucionando os métodos de trabalho, entretenimento e comunicação.

Esse avanço, contudo, traz consigo um fenômeno pouco comentado: a crescente diferença entre IAs acessíveis e aquelas que exigem um investimento significativo.

Com a popularização de plataformas que oferecem acesso gratuito à IA, surge uma divisão clara entre versões robustas e outras mais limitadas.

O ChatGPT destaca-se nesta evolução. Inicialmente oferecido em uma versão gratuita, rapidamente se expandiu para opções pagas, como o ChatGPT Plus e Pro, com o último custando cerca de US$ 200 mensais.

Essa progressão evidencia a distinção entre uma IA acessível e outra destinada a quem pode investir mais. Entenda melhor a seguir!

O valor da IA premium

Para usuários esporádicos, o investimento mensal em uma IA de alta performance pode parecer elevado.

Entretanto, em campos como a programação, onde essas ferramentas poupam horas de trabalho, o custo se torna justificável.

Nisso, a eficiência trazida por essas IAs pode compensar o valor pago, tornando-se um recurso valioso em ambientes corporativos.

A perspectiva de especialistas

Javier Recuenco, acadêmico e autor, observa que as IAs permitem que os humanos se concentrem em atividades nas quais realmente se destacam.

Essa capacidade justifica, para muitos, o valor investido em versões premium, especialmente quando se trata de aumentar a produtividade e o foco em tarefas complexas.

A questão da exclusão digital

Alberto Romero, do ‘The Algorithmic Bridge’, alerta para a possível divisão que esses modelos caros podem gerar.

Empresas como a OpenAI, que controla o ChatGPT, podem oferecer acesso privilegiado a quem paga, ampliando a exclusão digital. Isso poderá implicar em uma competição desigual entre usuários com diferentes níveis de acesso à tecnologia.

Soluções alternativas

A publicidade emerge como uma opção para tornar a IA mais acessível. Similar ao que ocorre em mídias e plataformas de streaming, modelos de IA poderão ser oferecidos com anúncios, proporcionando acesso a um custo reduzido.

Assim, mesmo de forma limitada, mais pessoas poderão utilizar essas tecnologias avançadas.

A divisão entre uma IA para ricos e outra para pobres reflete uma espécie de “desigualdade digital” que está surgindo aos poucos.

No entanto, a exploração de alternativas, como a citada inserção de publicidade, pode democratizar o acesso a essas poderosas ferramentas.

No entanto, o debate sobre sua implicação na sociedade permanece. A evolução contínua da IA e seu impacto nas diferentes classes sociais é um tema que merece atenção constante.