Mercado de Trabalho
Já pode comemorar? Brasil começa a testar semana de 4 dias de trabalho
Empresas nacionais já estão testando a semana de trabalho menor, com mais dias para descanso. Descubra aqui como funciona.
Já imaginou como seria trabalhar apenas 4 dias por semana e aproveitar de 3 dias de folga? Parece um sonho, mas em alguns lugares do mundo essa prática já foi adotada, e vem dando bastante certo – tanto para os empregadores quanto para os funcionários.
Em países como a Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos, os trabalhadores já estão usufruindo de uma melhor qualidade de vida, saúde física e mental, enquanto os empregadores percebem níveis maiores de produtividade. E o que deixa tudo ainda melhor é que os salários permanecem os mesmos.
Mas será que essa ideia seria viável no Brasil? Bom, do ponto de vista jurídico, sim. Isso porque a legislação trabalhista prevê uma jornada máxima de 8 horas diárias e 44 horas semanais, mas permite que as empresas negociem com os sindicatos e empregados outras formas de organização do tempo de trabalho.
Semana de trabalho com 4 dias no Brasil
Aqui, os experimentos terão início oficial no próximo mês, em junho, mas algumas empresas já adotaram essa nova alternativa de trabalho por conta própria, seguindo o que está em alta no mercado internacional. Uma comunidade sem fins lucrativos vem incentivando essa prática, chamada 4 Day Week Global.
Essa comunidade, inclusive, permite que as companhias que desejem saber mais sobre o modelo de trabalho se inscrevam para receber consultoria e orientação para instituir um período de teste com seus funcionários e colaboradores.
O modelo adotado pela comunidade global que segue os 4 dias de trabalho semanais é conhecido como 100/80/100. Na prática, é o seguinte: o funcionário recebe 100% do salário, cumprindo 80% do que trabalhava, com 100% de produtividade.
Inclusive, a produtividade é o que mais impressiona em relação a esse modelo de carga horária. Isso porque, ao invés do que muitos pensavam, os trabalhadores entregaram mais trabalhando menos dias. É claro que isso tem diversos motivos, como a diminuição do estresse, profissionais mais descansados e muito mais.
Dificuldades
Apesar de ser uma ideia que vem dando certo em muitos países do mundo, até o momento o Brasil não aderiu em peso, e podemos atribuir alguns motivos para que isso não tenha acontecido. Aqui, a maior parte dos empregadores defende que, quanto mais tempo trabalhado, maior a produtividade – e, consequentemente, o próprio lucro.
Fora isso, cada empresa possui suas próprias maneiras de funcionamento ideal, sendo que algumas exigem mais tempo e presença dos trabalhadores do que outras. Então a ideia é boa e pode ser que no futuro esse seja o padrão, mas ainda é preciso lapidar mais o diamante bruto, para que se amolde ao nosso mercado de trabalho.
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