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Juro do cheque especial obriga correntista a procurar outras modalidades

A mesma elevação não é vista no juro médio total

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Cheque Especial

Os juros do cheque especial registraram aumento de 120,3% ao ano para 124,9% ao ano de janeiro para fevereiro. A mesma elevação não é vista no juro médio total cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito, que caiu 2,3 pontos porcentuais no mesmo período. A taxa passou de 329,0% para 326,7% ao ano.

Especialista em finanças e planejador financeiro, Marlon Glaciano avalia que, apesar do recuo no mês passado, o juro do rotativo do cartão ainda é uma das taxas mais elevadas.

Segundo ele, o grande problema dessa permanência em alta se dá ao fato desta modalidade ser utilizada como crédito emergencial e muito acessada em momentos de dificuldades.

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Sede do Banco Central em Brasília

Juro

Para Glaciano, com a redução da taxa de juros, muitos contratos antigos estão defasados. Sendo assim, vale a pena realizar a portabilidade, ou seja, transferir o débito para outro banco.

“Cabe uma redução significativa ao fazer a portabilidade para uma outra instituição que queira absorver essa dívida com uma taxa menor. Observe o valor das taxas para efetivar uma portabilidade calculando se valerá a pena”, aconselha.

Há também a opção de migrar a dívida do cheque especial ou do rotativo do cartão para outra modalidade de crédito.

Banco Central

Coordenador do MBA de finanças do Ibmec RJ, Filipe Pires pondera que há outras linhas de crédito, desde CDC (Crédito Direto ao Consumidor) ao consignado, com taxas mais baratas, por exemplo. Conforme os dados atualizados do Banco Central, Pires comparou a média ao mês dos custos de dívidas para pessoa física nos cinco principais bancos do país.

“Os cinco principais bancos cobram em média 10,5% ao mês em rotativo do cartão de crédito. Isso significa 253% ao ano. No cheque especial, as instituições cobram em torno de 7,2% ao mês em média – praticamente 140% ao ano. Em relação ao CDC, eles cobram 3,8% ao mês, equivalente a 60% ao ano. No consignado privado, os bancos cobram 1,9% ao mês em média, o que corresponde a 26,5% ao ano”, exemplifica.

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