Mercados e Cotações
Juros futuros operam em alta, a reboque de ameaça federal contra o BC
Como reflexo, o contrato DI para janeiro de 2024 avançou de 13,49% para 13,495%
Diante dos ataques contundentes, desferidos, na véspera, pelo presidente Lula contra a independência do Banco Central (BC) e a favor de mudanças nas metas de inflação, os juros futuros abriram, nessa sexta-feira (20) em alta, num cenário marcado pela cautela quando aos desdobramentos da política local, com destaque para a elevação dos rendimentos dos principais títulos públicos globais.
O movimento ascendente do mercado futuro foi observado por volta da 9h55, quando contrato DI (depósito interbancário) para janeiro de 2024 avançava de 13,49%, da véspera, para 13,495% hoje (20); o DI para janeiro de 2025 crescia de 12,61% para 12,675%; o DI para janeiro de 2026 subia de 12,515% para 12,62%, ao passo que o DI para janeiro de 2027 aumentava de 12,535% para 12,64%.
A grande volatilidade exibida durante o pregão de ontem (19) decorreu da reação negativa do mercado às declarações presidenciais de interferência na autoridade monetária, além de abrirem margem à alteração das regras que pautam as metas de inflação.
Somente no final do pregão dessa quinta-feira (19) é que as taxas futuras apresentaram relativa acomodação, depois que o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (fazendo o papel de ‘bombeiro’ de novo conflito do mandatário com o mercado) adiantou que “o governo ‘não pretende mudar a relação com o BC”.
De acordo com uma fonte do Ministério da Fazenda, não haveria nada de efetivo ou prático no sentido de alterar a autonomia do BC, garantida pela Constituição federal. Na última quarta –feira (18), o presidente Lula afirmou que a autoridade monetária ‘não faz mais agora’ do que quando seu presidente era ‘trocado’ sempre que um novo governo assumia. A declaração intempestiva do mandatário fez com que o dólar disparasse, em compasso com os juros futuros. Para analistas da bolsa, a autonomia do BC é um freio à interferência política na autarquia.
Em entrevista concedida à Globonews, Lula afirmou que “minha divergência é que nesse país se brigou para ter um BC independente achando que ia melhorar o quê?”, acrescentando “ser uma bobagem achar que vai fazer mais do que quando o presidente indicava, pois, mesmo com o BC independente, os juros e a inflação continuam altos”.

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