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Economia

Juros médios dos bancos sobem e chegam a 43,7% ao ano em fevereiro

Levantamento do Banco Central.

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A taxa média de juros cobrados pelos bancos nas concessões de crédito livre alcançou 43,7% ao ano em fevereiro, segundo dados divulgados dia 9 pelo Banco Central (BC). O avanço representa uma alta de 1,5 ponto percentual (p.p.) em relação a janeiro e de 3,4 p.p. no acumulado de 12 meses, com impacto mais forte para as famílias do que para as empresas.

O aumento ocorre em meio ao ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação e influencia diretamente o custo dos empréstimos. Analistas de mercado já projetam que a taxa pode chegar a 15% até o fim de 2025.

Nas contratações voltadas a pessoas físicas, os juros médios subiram para 56,3% ao ano — uma alta de 2,4 p.p. no mês e de 3,6 p.p. em 12 meses. O destaque negativo ficou com o cartão de crédito rotativo, que saltou 9,6 p.p. e chegou à taxa alarmante de 450,6% ao ano. Já o crédito pessoal não consignado avançou 6,1 p.p., para 105,9% ao ano.

Juros médios dos bancos

Por outro lado, o crédito rotativo parcelado, que entra em vigor após 30 dias de inadimplência da fatura do cartão, registrou juros de 181,8% ao ano — com alta de 7,2 p.p. no mês, mas queda de 7,1 p.p. na comparação anual.

Para as empresas, a taxa média de juros livre ficou em 23,9% ao ano em fevereiro, com uma leve redução de 0,2 p.p. em relação a janeiro, mas aumento de 2,3 p.p. frente ao mesmo mês de 2024. A queda mensal foi puxada por reduções nas taxas de cartão de crédito rotativo (menos 39,2 p.p.) e no capital de giro com prazo de até 365 dias (queda de 5,4 p.p.).

Segundo o BC, tanto a elevação das taxas de juros quanto a mudança na composição dos saldos contribuíram para a alta no custo do crédito livre.

Crédito direcionado tem juros mais baixos

No crédito direcionado — com regras definidas pelo governo e voltado a setores como habitação, agricultura e infraestrutura — os juros seguem em patamares bem mais baixos. A taxa média geral ficou em 11,2% ao ano, com queda de 0,8 p.p. em relação a janeiro e alta de 1,1 p.p. no ano.

Para as pessoas físicas, a taxa foi de 10,5% ao ano em fevereiro (queda de 0,8 p.p. no mês), enquanto para empresas ficou em 13,5% ao ano (recuo de 1 p.p.).

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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