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Klabin vê alta demanda por papel e celulose com estoques baixos

Fabricante de papel para embalagens anunciou para novembro um acréscimo de 20 dólares no preço da tonelada de celulose para a China.

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Uma demanda forte por papel e celulose no quarto trimestre está permitindo à Klabin repassar uma alta de custos de aproximadamente dois dígitos em papelão e aumentar preços da celulose para a China, disseram nesta terça-feira executivos da empresa.

A maior fabricante de papel para embalagens do país anunciou para novembro acréscimo de 20 dólares no preço da tonelada de celulose para a China e espera aumento nos preços da matéria-prima do papel, à medida que fábricas do setor no mundo se encaminham para paradas programadas para manutenção no fim do ano e os estoques diminuem.

“Estamos com uma dose de otimismo para os próximos meses”, disse em teleconferência a analistas o diretor da unidade de celulose da Klabin, Alexandre Nicolini.

“No terceiro trimestre, que normalmente é o mais fraco, vimos a partir de agosto uma retomada gradual do segmento gráfico, coisa que a gente nem tinha previsto, mas houve uma retomada em escolas e escritórios, alguns clientes retomaram compras em patamares normais”, acrescentou.

O mercado de papéis ‘tissue’, como de lenços e papel higênico, segue “extremamente saudável”, disse ele, completando que a perspectiva da Klabin para o crescimento da demanda de celulose no mundo em 2021 está entre 1,2 milhão a 1,3 milhão de toneladas, grande parte em fibra curta.

Para o diretor da área de papéis da Klabin, Flávio Deganutti, haverá um crescimento “muito relevante” na demanda por papelão ondulado no mercado brasileiro.

Já o presidente da empresa, Cristiano Teixeira, disse que a migração do consumo do varejo físico para o online, incluindo de itens de supermercado como alimentos, tem aquecido a demanda por papelão.  “Parece que é uma mudança que veio para ficar”, afirmou o executivo.

De julho a setembro, a Klabin elevou o volume total de vendas em 14% em relação a igual período de 2019 e em 6% na comparação seguinte. O crescimento em papéis na comparação anual foi de 7%, sustentando por uma alta de 17% no segmento de kraftliner. Em celulose, o salta foi de 22% na mesma base de comparação.

Às 13h50 deste terça-feira, as units da Klabin recuavam 1,2%, enquanto o Ibovespa perdia 0,86% contaminado pelo tom negativo nos mercados externos.

Segundo executivos da Klabin, a unidade de celulose da empresa no Paraná, Puma I, vai suspender suas atividades para manutenção em dezembro, o que pode impactar as vendas. Mesmo assim, a empresa espera expandir a geração de caixa medida pelo Ebitda no quarto trimestre em relação a igual período de 2019, disse Teixeira. Não há paradas programadas na unidade para o ano que vem.

O Puma II, projeto de expansão de capacidade produtiva, está com 57% das obras da primeira fase concluídas, com gasto deste ano previsto em 3,6 bilhões de reais. O montante deve cair para 2,8 bilhões no ano que vem, e a operação da primeira máquina de produção de papel do projeto está prevista para julho.

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