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Leilão de quatro terminais, promovido pela B3 (B3SA3), arrecada R$ 208 milhões
O edital do certame prevê investimentos de R$ 108 milhões pelo período de 25 anos
Correspondente a uma arrecadação de R$ 208 milhões, a B3 (B3SA3) promoveu o leilão de quatro terminais portuários nos estados de Alagoas e Ceará, nesta sexta-feira (11). Um quinto terminal, em Porto Alegre, acabou não sendo leiloado, por falta de propostas.
Segundo informações da organização do certame, a expectativa é de que os terminais leiloados contemplem investimentos de R$ 108 milhões nos próximos 25 anos.
De acordo com o edital, foram selecionadas as propostas com maior valor de outorga, tendo em vista a realização de contratos de arrendamento de área e infraestrutura públicas, no âmbito dos portos.
Pelo detalhamento da operação, no Porto de Maceió, foram leiloados três terminais referentes à movimentação e armazenagem de granéis líquidos, como petróleo bruto e combustíveis. Nesse caso, o terminal MAX 11A foi arrematado por R$ 41 milhões de outorga pela Origem Energia Canoas, correspondente a um ágio de 171,22% sobre o valor mínimo de R$ 15,1 milhões no edital, em que a vencedora terá de investir R$ 46,5 milhões, no período de 25 anos.
Já o terminal MAC 11 foi vencido pelo grupo Vibra Energia, mediante a oferta de R$ 60 milhões de outorga. Mediante a quantia simbólica de R$ 1, a empresa terá de investir R$ 21 milhões, igualmente pelo período de 25 anos.
O terminal MAC 12, por sua vez, foi arrematado por R$ 107 milhões de outorga pelo Grupo Ipiranga, com previsão de investimentos de R$ 37,6 milhões pelo mesmo período.
Já o terminal do Porto de Mucuripe (CE), voltado à movimentação de passageiros e atividades de entretenimento (operação de cruzeiros e a realização de eventos dentro da área) foi leiloado por R$ 100 mil de outorga à vencedora Aba Infraestrutura e Logística, que deverá investir R$ 3,2 milhões em 25 anos.
Ainda este ano, está previsto o leilão do terminal de Vila Conde (PA) e outro no porto de Itaguaí (RJ), este que se destina à movimentação de minério de ferro, acentua o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery.
“O terminal de Itaguaí é importante porque, além de representar investimentos na ordem de R$ 3 bilhões, será uma alternativa que vai ampliar a concorrência. A gente vai atrair novos players e aumentar a competitividade”, comentou o diretor-geral da autarquia.
Quanto ao novo arrendamento de longo prazo em Itajaí (RJ), Nery adiantou que após a conclusão da etapa de análise concorrencial, os estudos correlatos foram encaminhados ao Ministério de Portos, para posterior devolução à Antaq, seguido do lançamento da audiência.
A respeito dos arrendamentos no Porto de Santos STS 10, de contêineres, e STS 53, de fertilizantes, o economista Fabrizio Pierdomenico, que comanda a Secretaria Nacional de Portos, afirmou que tais projetos “estão em reanálise, sem perspectiva de licitação”. Ao mesmo tempo, a Antaq pretende realizar uma seleção pública para um contrato transitório de dois anos, de forma a assegurar a movimentação no porto, durante o período de estruturação.
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