Light volta à estaca zero em negociação com credores

A decisão da Light (LIGT3) de desistir do “acordo de confidencialidade”, que havia proposto a credores que têm cerca em R$ 5 bilhões em debêntures da concessionária, levou as negociações à estaca zero. A informação é de O Globo.

De acordo com o jornalão carioca, o documento havia sido enviado pela Laplace (assessoria financeira que representa a Light) para BeeCap, que fala em nome de fundos que detêm R$ 5 bilhões em dívidas da concessionária.

Também traz que representantes do grupo que assessora os debenturistas afirmam que o grupo estava disposto a assinar o documento, mas a própria Laplace desistiu logo no início das tratativas. A Light já assinou um documento idêntico com a Moelis, que representa fundos detentores da dívida da companhia no exterior.

Light (LIGT3)

Vale lembrar que a companhia é uma concessionária distribuidora de energia do Rio de Janeiro, endividada e em recuperação judicial.

Na primeira semana de junho a Light protocolou junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) a manifestação de interesse em renovar seu contrato de concessão.

Levantamento do Estadão aponta que, oficialmente, a empresa tinha prazo para oficializar seu interesse, já que tal manifestação deve ocorrer três anos antes do fim do contrato atual, que vai até junho de 2026.

De acordo com as regras do setor, o Poder Concedente, representado pelo MME, tem prazo de 18 meses para dizer se aceita ou não o pedido da companhia, e apresentar os termos para que a renovação se concretize.

Conforme o periódico, a manifestação de interesse é “não vinculante” e reforçaram que um novo contrato de concessão depende de ajustes no modelo, já que o desenho atual é considerado inviável no longo prazo.

Em nota, a empresa afirmou que “a Light SESA está empenhada na busca da renovação da concessão em bases que garantam a manutenção da qualidade dos serviços que presta aos seus clientes, a sustentabilidade do negócio e o desenvolvimento do Rio de Janeiro”.