“Lista suja”: Governo Federal faz atualização e nomes aparecem no aúxilio

Com apenas 20 anos, Sílvia, uma indígena, decidiu deixar sua aldeia, em busca de melhores condições, porém, o que ela não sabia era que se tornaria uma trabalhadora doméstica escravizada em São José dos Campos.

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De acordo com as informações, o antigo patrão de Sílvia, Paulo Hindenburgo de Carvalho Oliveira, falecido no ano passado, possuía seu nome no cadastro de empregadores responsabilizados por trabalho escravo, nomeado “lista suja”, a qual sofreu atualização pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Porém, esta, infelizmente, não era a única lista em que seu nome constava, pois acredite, mas ele também estava entre os receptores do auxílio emergencial durante o período pandêmico.

Outras 52 pessoas que recebiam o auxílio, foram responsabilizadas por obrigar 417 trabalhadores a situações semelhantes às de um escravo. Entre os que fazem parte desta lista, 10 constam nos registros do auxílio emergencial dado pelo governo, um total de R$ 38.700 gastos públicos.

Constam na nova atualização, aproximadamente 89 empregadores que foram autuados pelos grupos de fiscalização nos últimos anos. Confira aqui a lista completa.

Um dos ramos que possuem grande quantidade de trabalhadores em condições iguais a escravidão é na produção cafeeira, na qual já foram resgatadas 122 pessoas. Outro setor que utiliza estes meios é a construção civil, onde 50 indivíduos foram soltos.

Além de Sílvia, outras cinco vítimas de trabalho doméstico escravo foram encontradas. As quais recebem promessas de conseguirem um bom emprego para auxiliar na vida financeira dos pais, os quais fazem uso da pesca, e da plantação de mandioca para sobreviver. Em um cenário como esse, a escolha parece óbvia, no entanto, trágica.