Lucro da Petrobras sobe mais de 22% no 3TRI24 e empresa vai pagar dividendos

A Petrobras (PETR3; PETR4) obteve um lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro recorrente foi de R$ 32,92 bilhões, representando um crescimento de 20,9%.

A receita de vendas da empresa totalizou R$ 129,59 bilhões, crescendo 6% em comparação ao terceiro trimestre de 2023. O Ebitda ajustado, que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ficou em R$ 63,7 bilhões, uma queda de 3,8%. Em termos recorrentes, o Ebitda foi de R$ 64,4 bilhões, recuando 3,7%.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o desempenho expressivo da empresa, com geração robusta de caixa e reduções na dívida financeira e na dívida bruta, mesmo em um cenário desafiador com a queda no preço do petróleo Brent. Segundo Chambriard, os investimentos de US$ 4,5 bilhões feitos no trimestre reforçam o futuro da companhia.

O Ebitda foi impactado pela queda no preço do Brent e por uma menor margem em derivados, especialmente diesel, mas a Petrobras conseguiu compensar parcialmente esses fatores com o aumento da taxa de câmbio e do volume de petróleo produzido e vendido.

Petrobras (PETR3; PETR4)

O fluxo de caixa livre atingiu R$ 38 bilhões, com geração operacional de caixa de R$ 62,7 bilhões, descrito como um dos seis melhores fluxos de caixa trimestrais da história da Petrobras. A dívida financeira da empresa reduziu-se para US$ 25,8 bilhões, uma queda de 2,1% em relação ao trimestre anterior, atingindo o menor nível desde 2008. A dívida bruta também caiu 0,8%, para US$ 59,1 bilhões, dentro do limite estabelecido no Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras.

Proventos

A estatal anunciou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos intercalares de R$ 17,12 bilhões, correspondendo a R$ 1,32820661 por ação ordinária e preferencial em circulação, conforme comunicado ao mercado.

A companhia informou que essa distribuição está alinhada à política de remuneração vigente para acionistas, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre sempre que o endividamento bruto estiver no máximo de US$ 65 bilhões, conforme estabelecido no Plano Estratégico. Essa política visa garantir a sustentabilidade financeira da empresa. Durante o terceiro trimestre, não houve recompra de ações.

O pagamento dos proventos será dividido em duas parcelas, programadas para fevereiro e março de 2025:

A primeira parcela, de R$ 0,66410331 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de fevereiro de 2025.

A segunda parcela, de R$ 0,66410330 por ação ordinária e preferencial, será paga em 20 de março de 2025.