Automobilística
Lula propõe a adoção de um novo combustível, dividindo opiniões entre os especialistas
Componente não é derivado do petróleo nem exigirá alterações mecânicas nos automóveis.
No último dia 14 de setembro (quinta-feira), foi enviado um novo PL (Projeto de Lei) ao Congresso Nacional. O texto possui o objetivo de abrir caminho para a entrada de um novo tipo de combustível no país. Tal estratégia, por sua vez, visa diminuir a dependência nacional de alternativas mais tradicionais, como o diesel e a gasolina.
Aliás, a utilização de insumos fósseis também é uma preocupação de caráter ambiental, já que a extração de tais recursos costuma causar um grande impacto ambiental. Inclusive, o petróleo está mais difícil de ser encontrado e os cientistas estimam que ele um dia deve acabar em nosso planeta.
Assim, conforme um determinado produto vai ficando mais escasso, a tendência é que os preços se inflamem e, consequentemente, abastecer o carro pode ficar bem caro para os motoristas. Um cenário desses comprometeria toda a cadeia econômica global e, portanto, o problema precisa ser levado a sério.
Logo, pensando nessa questão, a base governista pretende implementar várias iniciativas para diminuir gradativamente esse tipo de dependência, além de reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa. O investimento inicial está previsto em uma cifra de R$ 250 bilhões, conforme foi noticiado pela imprensa.
Como a nova gasolina é fabricada?
A novidade é chamada de e-fuel e se trata de um combustível artificial feito sem a adição de petróleo. É importante salientar que a fórmula não é um experimento, pois a eficácia da mistura já é comprovada e o produto está sendo produzido em pequena escala por diversas empresas, incluindo a própria Petrobras.
No entanto, ainda é preciso que o poder público se mobilize e crie uma lei regularizando o seu uso oficial. Alguns especialistas no assunto vão mais longe e afirmam que estamos em um caminho sem volta a partir de agora.
A utilização do produto sintético será usada até mesmo para abastecer veículos da Fórmula 1, e no Chile o item está sendo bem aceito.
Seguidamente, grandes fabricantes automotivas como a Bosch, a Audi e a Porsche estão investindo altas quantias nisso e o governo alemão manifestou o desejo de se inteirar mais. Por sua vez, o e-fuel é composto de dióxido de carbono e hidrogênio, um dos gases responsáveis pelo temido efeito estufa.
Nesta questão entra um terrível dilema, afinal, ao mesmo tempo que a alternativa pode eliminar a dependência humana do petróleo e seus consequentes elementos poluentes, a sua fabricação deverá ser feita por meio de energia limpa como usinas hidrelétricas e fontes eólicas e solares.
Por fim, também não seria preciso adaptar os carros para receber a fórmula, e o sistema de abastecimento atual seria capaz de funcionar perfeitamente. O grande desafio é baratear os custos oriundos da extração do hidrogênio, que se dá através de um processo denominado como eletrólise.

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