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“Luta contra a inflação não está ganha, mas é preciso perseverar para atingir meta [de inflação]”

Após ‘precificar’ efeito de alta dos combustíveis, presidente do BC lança alerta sobre política monetária

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Um dia após projetar uma alta de 0,4 ponto percentual para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – índice oficial – por conta do aumento de preço dos combustíveis, anunciado nesta terça-feira (15) pel Petrobras, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ‘voltou à carga’, ao deixar claro que “a luta contra a inflação não está ganha e que é preciso perseverar para atingir a meta de 3%”. Enquanto o IPCA projetado para este ano está em 3,99%, o centro da meta de inflação, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,25%.

Ao participar, na manhã desta quarta-feira (16), do 35º Congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o ‘xerife do real’ foi além, afirmando que “a inflação acumulada em 12 meses, que estava em queda, deve começar a subir, por efeito estatístico, no segundo semestre [2S23]”.

Embora siga ‘acima do desejável’, a média dos núcleos de inflação, prossegue o dirigente do BC, tem registrado recuo, de forma consistente. “Quando olhamos de forma geral, vemos a inflação de serviços e do núcleo de serviços bem comportada, indo na trajetória que esperávamos ao longo desses meses”, acrescentou.

Mesmo antes de o BC aplicar o corte de meio ponto percentual sobre a taxa Selic (básica de juros), Campos Neto afirmou que havia observado uma melhora das condições financeiras do país. “As condições financeiras tiveram um afrouxamento, um ganho de liquidez, mesmo antes da queda da Selic”, avaliou, acrescentando que “foi em parte pela credibilidade do BC, em parte pelo que o governo tem feito e em parte pelo Congresso, que fez um excelente trabalho aprovando várias medidas”. Ainda assim, o presidente da autoridade monetária entende que permanecem pendentes de aprovação algumas medidas legislativas.

A respeito do monitoramento da trajetória inflacionária, Campos Neto acentuou que o BC, não somente leva em conta as expectativas do mercado, mas considera ‘outros vetores’, “como suas próprias projeções”. Segundo ele, no cenário global, é comum acompanhar expectativas fora do mundo financeiro, que costumam ser voláteis, por se basearem na percepção do consumidor. “Em geral, a percepção do consumidor sobre a inflação costuma ser mais alta do que a dos economistas e mais volátil”, comentou.

Sobre a atuação do BC na redução do spread, Campos Neto destaca que a realização de mais de 20 medidas da autoridade monetária com esta finalidade, o que serviu para baixar esse indicador na maioria dos produtos de crédito.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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