Economia
Mais da metade dos brasileiros está otimista com a economia nos próximos seis meses
É o que aponta pesquisa ‘Retratos da Sociedade Brasileira’, divulgada pela CNI
Mais da metade dos brasileiros está otimista com a melhoria do quadro econômico nos próximos seis meses e em relação ao ano que vem. É o que mostra a pesquisa ‘Retratos da Sociedade Brasileira’, do Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), divulgada, nesta terça-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o estudo, a expectativa positiva está presente em 53% dos consultados, para quem, no entanto, o momento atual da economia nacional pode ser classificado como ‘regular, ruim ou péssimo’. Para outros 22%, ao contrário, a situação econômica deve piorar, ao passo que os 21% restantes ‘ficam em cima do muro’, pois acreditam que ‘nada vai mudar’.
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, “a percepção mais positiva da população para os próximos seis meses é importante, pois afeta as decisões de consumo. Mas o Brasil precisa de política industrial moderna, focada em inovação, e da reforma tributária para atrair investimentos e crescer de forma sustentada. O crescimento econômico é essencial para aumentar a qualidade de vida da população”.
Ao consultar 2.004 pessoas, nas 27 unidades da Federação, no período de 14 e 19 de setembro deste ano, a pesquisa do IPRI concluiu que:
- 24% da população considera boa ou ótima a situação atual da economia;
- 36% afirmam que a situação é regular;
- 38% dizem que a situação é ruim ou péssima.
De acordo com a entidade, a percepção sobre a situação econômica varia, conforme a região, uma vez que, no Nordeste, 32% declaram que o desempenho da economia está ‘ótimo’ ou ‘bom’, para 30% que o consideram ‘ruim’ ou péssimo’. De modo diverso, no Norte e Centro-Oeste, o percentual daqueles que ‘cravam’ a opção ‘ótimo’ ou ‘bom’’ cai para 23%, enquanto a escolha por ‘ruim’ ou ‘péssimo’ decola para 44% dos entrevistados.
Mais acentuadamente pessimista se mostra o Sudeste, onde apenas 20% dos consultados classificaram tal desempenho como ‘ótimo’ ou ‘bom’, ao passo que 39% admitiram que este é ‘ruim’ ou ‘péssimo’. Mas a percepção mais negativa foi apresentada pelo Sul, em que 18% do universo abrangido pela pesquisa considera o desempenho da economia, ‘ótimo’ ou ‘bom’, para 43% que escolheram a alternativa ‘ruim’ ou ‘péssimo’.
Mesmo com o ceticismo predominante quanto ao desempenho da economia, 45% dos pesquisados entendem que a ‘situação já foi pior’ e que esta melhorou nos últimos seis meses. Mesmo entre aqueles que reconhecem que a situação econômica está ‘ruim’ ou ‘péssima’, 17% deles ponderam que ela está melhor agora, do que no primeiro trimestre.
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