Ações, Units e ETF's
Marfrig eleva participação na BRF
Companhia é uma processadora de alimentos.
A Marfrig (MRFG3) elevou participação na BRF (BRFS3), conforme documento encaminhado ao mercado.
A companhia alcançou 40,05% de participação frente a outros dois movimentos de elevação anterior: 33,1% e 35,7%, respectivamente.
Desta forma, a Marfrig passa a deter direta e indiretamente 673.879.961 entre ações ordinárias e American Depositary Receipts (ADRs), representando 40,0529% do total das ações de emissão da dona da Sadia e Perdigão.
A ação MRFG3 encerrou o dia 25 cotada a R$ 6,98.
Marfrig (MRFG3)
Vale lembrar que um mês atrás a Marfrig vendeu à Minerva (BEEF3) 16 plantas de abate e desossa na América do Sul e um centro de distribuição por R$ 7,5 bilhões. São 11 plantas no Brasil, três no Uruguai, uma na Argentina e uma no Chile.
Com esse movimento, a Marfrig sua meta de consolidação de marcas, bem como produtora de produto final de maior valor agregado (e, de quebra, reduz a alavancagem).
Já a Minerva formaliza contratos de fornecimento de matéria-prima para processamento com o grupo Marfrig em alguns desses mercados.
XP
A XP Investimentos tem recomendação neutra para a ação MRFG3, com preço-alvo em R$ 8,70.
“Em vista de uma acomodação mais rápida do que o previsto nas margens da América do Norte, além de um início de ano mais difícil para a América do Sul, estamos reduzindo significativamente nossas estimativas para a Marfrig, pois prevemos um momento desagradável no curto prazo, traduzindo-se em uma alavancagem desconfortável de 4,0x ND/EBITDA para 2023YE”, destacou, em relatório.
E disse mais: “também esperamos que as incertezas relacionadas ao turnaround da BRF, sua alavancagem e as discussões sobre possíveis impactos adicionais na alavancagem da Marfrig continuem a afetar negativamente as ações.”
Para a XP, após uma tentativa fracassada em 2019 de fundir as operações com a BRF, a Marfrig retomou sua intenção no ano passado quando aproveitou a oportunidade para comprar o controle acionário da BRF utilizando o caixa recorde gerado por suas operações de carne bovina nos Estados Unidos, já que a empresa lutava com margens menores, tanto por custos de ração mais altos quanto por um repasse de preço desafiador pelo cenário no mercado doméstico.
“A Marfrig poderia ter optado por seguir a estratégia da JBS de múltiplas fusões e aquisições de menor porte e agregação após seu processo de diversificação, mas optou por enfrentar o líder do setor em queda e agora está pagando o preço, com o investidor preocupado na alavancagem e perda do foco na operação atual da Marfrig”, ressaltou.
E concluiu: “acreditamos, no entanto, que os fundamentos são melhores para a avicultura, e isso deve criar um ambiente melhor para o processo de recuperação em andamento, enquanto que um CEO focado na operação pode ser um divisor de águas para uma empresa que tem um alto valor intrínseco, tanto de marcas fortes (ou seja, Sadia) e um portfólio invejado.”
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