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McKinsey: rentabilidade de bancos pré-pandemia acabou

Retorno sobre o patrimônio está bem abaixo da média histórica (20%), aponta consultoria

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Crédito: (foto: Violka08/iStock by GettyImages

Mesmo com previsão de crescimento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), neste e no próximo ano, dificilmente os bancos devem recuperar a rentabilidade dos tempos pré-pandemia, quando esta chegava a 20%, de acordo com estudo realizado pela consultoria internacional McKinsey, com base em dados fornecidos pelos ‘gigantes’ Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.

Aquém da média – O levantamento aponta que o ROE médio dessas instituições teria atingido 14,3% em 2020, considerado o mais baixo da série, iniciada em 2010. Embora tenha chegado a 17,1% no primeiro semestre do ano (1S21), o indicador permanece inferior à média histórica, de 18,1%. Já pelo Relatório de Economia Bancária, emitido pelo Banco Central (BC), no ano passado, o sistema financeiro, como um todo, atingiu a mínima histórica de 11,5%.

Competição acirrada – Devido à crise viral, grandes bancos de capital aberto foram obrigados a provisionar (alocação preventiva de recursos contra perdas/inadimplência) dezenas de bilhões de reais nos balanços. Com a sensação “de que o pior da crise já passou”, há novos fatores que dificultam a recuperação do status anterior à crise, em que os bancos brasileiros eram considerados entre os mais rentáveis do mundo.

Realidade alterada – Agora, a realidade é marcada por aumento da competição no setor; criação do PIX (sistema instantâneo de pagamentos) pelo Banco Central, para acirrar a concorrência), além da queda estrutural da Selic, mesmo que diante do atual ciclo de aperto monetário.

Retomada continua – Ainda assim, autores do estudo da McKinsey, Alexandre Sawaya, Elias Goraieb e Christopher Craddock, observam que a recuperação da economia deverá continuar ao longo deste ano, com destaque para a expansão do uso dos meios digitais pela população. Ao preverem que o ROE permanecerá ‘sob pressão’ no médio prazo, os autores entendem que “as instituições, digitais ou não, terão de embarcar em ‘profundas jornadas transformacionais e holísticas’ que as ajudem a responder aos crescentes desafios e oportunidades, alavancando suas fortalezas e diferenciais competitivos”.

Regulação rígida – Ainda sobre a perda da rentabilidade histórica, o diretor de instituições financeiras da Fitch, Claudio Gallina, comenta que, nesse período, o ambiente de ‘regulação era muito rígido’ que, embora tenha fortalecido o sistema financeiro, também promoveu uma ‘concentração muito grande’.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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