Melhor semestre em oito anos, produção nacional de motos avança 13,9%

Melhor primeiro semestre em oito anos para o setor, a produção de motos cresceu 13,9% na primeira metade deste ano (1S23) – ante igual período de 2022 – correspondendo a 764.271 veículos de duas rodas, informou a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), cuja expectativa é de sejam produzidas 1,56 milhão de unidades até o fim de 2023, o que representaria elevação de 10,4% em relação ao ano passado.

Ao apresentar os números do semestre, o presidente da Abraciclo, Marcos Antonio Bento acentuou que “o cenário é positivo e, se as projeções forem confirmadas, devemos retomar o nível de produção observado em 2014”, ao apontar como fator determinante para a arrancada do setor a expansão dos serviços de entrega (delivery) e a continuidade do custo-benefício por quilômetro rodado.

Sobre o cenário macroeconômico, Bento considerou positiva a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, na última quinta-feira (6), fazendo menção especial ao fato de a matéria legislativa haver mantido a garantia constitucional da Zona Franca de Manaus até 2073. “Isso garante a competitividade da indústria, colabora muito com o desenvolvimento socioeconômico regional e, principalmente, com a preservação ambiental da região da Amazônia”, afirmou, emendando que “a segurança jurídica é importante também para a atração de novos investimentos”.

Desde o início deste ano, conforme dados da Abraciclo, já foram emplacadas 780.070 motocicletas no País, o equivale a um aumento de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022. Somente em junho último, foram feitos 140.387 emplacamentos, o que representa alta de 16,2%, ante igual mês de 2022. Também no mês passado, que teve apenas 21 dias úteis, a média diária foi de 6.685 motocicletas.

Nesse sentido, a expectativa da Abraciclo é de que, até o fim deste ano, o número de licenciamentos chegue a 1,511 milhão de unidades, montante 10,9% superior ao registrado em 2022. No que toca às exportações, porém, a entidade conta com um recuo de 11,5%, no comparativo anual, mediante o embarque previsto de 49 mil unidades.