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Economia

Mercado de trabalho deve ser prioridade para o BC na agenda do novo governo do Japão

Devido à pandemia, os esforços para atingir metas de preços estão arquivados. Foco está no fornecimento de liquidez e crédito para ajudar empresas e trabalhadores a superar a crise.

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O banco central do Japão deve sinalizar nesta semana sua prontidão para apoiar o governo na proteção do mercado de trabalho, em um aceno à resolução de Yoshihide Suga, que deve ser eleito o novo primeiro-ministro, de fazer o que for necessário para amortecer a crise econômica decorrente da pandemia.

A expectativa dos analistas é que não haja nenhuma mudança significativa na relação entre o Banco do Japão e o governo sob a liderança de Suga. Isso porque, enquanto braço direito de Shinzo Abe, ele liderou a estratégia do então primeiro-ministro para reanimar a economia com medidas monetárias e fiscais ousadas.

Contudo, a ênfase de Suga na proteção do emprego poderia estimular o banco central a prestar mais atenção ao mercado de trabalho na condução da política monetária, embora o emprego não faça parte do mandato oficial do Banco do Japão.

Segundo analistas, um novo foco em empregos, longe da inflação ao consumidor, pode ser mais importante agora, considerando que algumas das principais políticas de Suga, como uma campanha de descontos para promover o turismo doméstico e pedidos para reduzir as tarifas dos celulares, estão pressionando os preços.

Para o economista-chefe da Totan Research, Izuru Kato, por conta da pandemia, quaisquer esforços para atingir a meta de preços estão arquivados por enquanto. “O Banco do Japão se concentrará no fornecimento de liquidez e medidas para facilitar o crédito para ajudar as empresas e trabalhadores a lidar com a pandemia”, disse.

Durante a reunião que terminará um dia após a votação do Parlamento, na qual Suga deve ser eleito oficialmente como o novo líder do Japão na quarta-feira, o banco central deve manter sua política ultraexpansionista e oferecer uma visão um pouco mais otimista sobre a economia do que no mês de julho.

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