Mercados assumiram riscos com inflação ao produtor menor nos EUA; soja dispara mais 3%

Os mercados ficaram mais tranquilos nesta quinta (13) com os dados de Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos abaixo do que o mercado esperava e mais ainda sobre a revisão do mês anterior.

A alta acumulada em 12 meses foi de 0,1% (previsão era de 0,4% e o anterior foi de 0,9%) e significa menor pressão sobre os preços finais, redobrando a expectativa de que a inflação ao consumidor ceda também.

Lançada, portanto, a esperança de que o Federal Reserve (Fed) não renove as taxas de juros, mantendo-as estacionadas desde a última reunião em entre 5% e 5,25% – e fique dissipada da fala do board do banco central de que em agosto haveria retomada -, todos os riscos foram comprados.

O índice Dow Jones subiu 0,14%, o S&P 500 foi a mais 0,85% e a Nasdaq disparou 1,73%. Com mais recursos no mercado de capitais, a proteção ao dólar ficou menor, e a moeda americana cotada internacionalmente (DXY) perdeu 0,75%. A B3 também avançou 1,36% (119,2 mil pontos) e o dólar caiu 0,57% (R$ 4,79).

As commodities tiveram apoio de seus fundamentos (outras não tinham), como o petróleo que passou dos US$ 81 (quase 2% a mais) com o recente aperto da produção russa e saudita, e a soja, que veio com números menores de produção em dados do USDA ontem (ainda que acima dos se aguardava), mas certamente contaram com o apoio extra do fluxo geral de recursos.

Ainda no caso da soja, o salto foi mais de 40 pontos, passando de 3%. Só o vencimento de agosto encostou nos US$ 14,85.

Pela manhã, antes do anúncio do IPP, as altas eram mais moderadas.

Das demais commodities que interessam ao Brasil, a única baixa foi do suco de laranja. Milho, trigo, café arábica, algodão e açúcar reagiram bravamente.