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Mesmo com avanço de emprego, indústria perde ‘dinamismo’

Embora indicador tenha avançado 0,8% no primeiro semestre (1S23), perspectiva é negativa

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Mesmo com indicadores positivos no primeiro semestre, a indústria brasileira dá sinais de que perdeu o ‘dinamismo’ – em especial, no que toca à indústria de transformação – ante à perspectiva de queda, para os próximos meses. A previsão faz parte da análise da pesquisa “Indicadores Industriais”, divulgada, nesta quinta-feira (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Exemplo disso pode ser dado pelo emprego industrial, que embora tenha avançado 0,8% no primeiro semestre deste ano (1S23), no comparativo anual, permaneceu estável, na passagem de maio para junho último. Esse dado, contudo, não impediu que, em igual período, o rendimento real do trabalhador crescesse 3,5% e a massa salarial avançasse 4,3%.

Tal tendência declinante é ratificada pelo gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ao comentar que, enquanto o emprego apresentou recuos e avanços intercalados, seguidos de recuos mais intensos, a renda e a massa salarial retrocederam 0,1% em junho para o mês anterior.

“Os índices de rendimento médio real, massa salarial real e horas trabalhadas na indústria recuaram em junho, ainda que de forma moderada. Isso ocorre porque os empresários percebem uma demanda cada vez mais fraca por seus produtos. Nossa última Sondagem Industrial apontou que a baixa demanda foi o principal problema enfrentado pelas empresas no segundo trimestre de 2023. Com essa percepção, empresários relutam em contratar”, explica Marcelo Azevedo.

Outro indicador relevante do estudo, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria de transformação, atingiu 78,7% em junho, o que representa uma baixa de 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação a maio, e recuo de 2,4 p.p., ante igual mês de 2022. Em que pese as quedas verificadas nos comparativos, a UCI se mantém em patamar elevado.

Já as horas trabalhadas na produção industrial tiveram declínio de 0,2% em junho, no comparativo mensal, o que indica a alternância de resultados positivos e negativos, ao longo deste ano.

Ainda que tenha avançado 1%, no mesmo comparativo mensal citado anteriormente, o faturamento real exibe queda de 0,2% em relação a junho do ano passado.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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