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Mesmo sem lucro há 11 anos, empresa disparou 3.000% na bolsa nos últimos meses; entenda
A Blink Charging atua na operação e fornecimento de carga para veículos elétricos. Para investidores, as empresas verdes ganharão muito espaço no mercado no futuro, e por isso, são investimentos imperdíveis.
A Blink Charging é uma empresa de energia verde que atua na operação e fornecimento de carga para veículos elétricos. Fundada há 11 anos, a Blink tem como missão desacelerar as mudanças climáticas e auxiliar a redução das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo transporte.
Em toda a sua história, a empresa nunca registrou lucro anual, inclusive anunciou no ano passado a possibilidade de ir à falência. Longe de ser uma empresa popular nos Estados Unidos, a Blink possui uma receita fraca e vem perdendo participação de mercado.
Por outro lado, a procura por ações da companhia tem sido alta nos últimos meses. Os papéis da Blink dispararam 3.000% em oito meses. Para se ter uma ideia, apenas sete das 2.700 ações com valor de pelo menos US$ 1 bilhão, subiram mais ainda neste período. Mas afinal, o que justifica essa valorização, mesmo com a empresa apresentando resultados insatisfatórios?
O que acontece é que os investidores percebem o potencial deste segmento e apostam que as empresas verdes ganharão muito espaço no mercado no futuro, e por isso, são investimentos imperdíveis. A Blink é o melhor exemplo disso no momento. Seu valor de mercado é de US$ 2,3 bilhões, e o indicador de valor (métrica para avaliar se uma ação está sobrevalorizada) saltou para 493.
Enquanto isso, a Tesla, que é uma empresa muito mais conhecida no mercado de veículos elétricos e que possui valor de mercado bem maior que o da Blink, tem indicador de valor de apenas 25.
“Tudo sobre a empresa está errado […] É apenas um nome bonito que chamou a atenção dos investidores de varejo”, declarou Andrew Left, fundador da Citron Research, uma das poucas empresas que apostou contra a Blink em 2020. Para isso, a empresa realizou operações de venda a descoberto que seriam restituídas em caso de queda nos preços das ações.
As ações foram favorecidas devido ao amplo investimento de varejo contra a Citron, sendo que o mais conhecido é o caso GameStop. Desta forma, em 29 de janeiro, a empresa decidiu suspender pesquisas sobre ações com posições vendidas, levando a quantidade de apostas contra as ações da Blink a caírem de mais de 40% em dezembro para 25% dos papéis em circulação.
Apesar das críticas, o CEO e presidente do conselho da Blink, Michael Farkas defendeu a empresa, destacando seu crescimento. “Sempre houve e sempre haverá críticos […] Quando fundei a empresa, os críticos questionavam se a mudança para veículos elétricos era real. Agora, à medida que o valor do nosso negócio cresce, os críticos tendem a ser vendedores a descoberto”, declarou.
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