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México ganha sua primeira presidente mulher; confira projeções
País é vizinho dos EUA e um dos mais importantes do continente americano.
Claudia Sheinbaum se tornou a primeira mulher eleita presidente do México. De acordo com os resultados oficiais, a ex-prefeita da Cidade do México, de 61 anos, venceu as eleições presidenciais com 58,3% dos votos, superando a empresária Xóchitl Gálvez, que obteve pelo menos 26,6% dos votos.
Ela substitui seu mentor, o atual presidente Andrés Manuel López Obrador, a partir de 1º de outubro.
Sheinbaum fez campanha prometendo continuar o trabalho de seu antecessor e esteve sempre à frente nas pesquisas, apesar de desafios constantes de Gálvez. Esta foi a primeira vez no México que duas mulheres disputaram a presidência.
A divulgação da primeira contagem oficial foi adiada várias vezes sem explicação. Após o anúncio dos resultados, Gálvez expressou suspeitas sobre a contagem dos votos nas redes sociais, dizendo: “Os votos estão lá. Não os deixem escondê-los.”
Na praça principal da Cidade do México, a vitória de Sheinbaum não atraiu imediatamente multidões em celebração, ao contrário do que aconteceu com López Obrador em 2018.
México
A maioria dos centros de voto encerrados (108) está em Chiapas, estado fronteiriço do sul, onde disputas entre o crime organizado e a violência elevada levaram à suspensão das votações nos municípios de Chicomuselo e Pantelhó. Em Michoacán, um estado no oeste do país, 84 locais de voto também não abriram devido à insegurança, conforme informou Miguel Ángel Patiño, diretor executivo da organização eleitoral do INE, citado pela agência EFE.
Outros estados afetados com menos de dez locais de voto encerrados são Oaxaca, Nuevo León, Guanajuato, Colima e Tlaxcala. Com apenas um local de voto encerrado estão Chihuahua, Nayarit, Sinaloa e a Cidade do México.
Violência
Esses encerramentos ocorrem em meio à violência eleitoral, que resultou no assassinato de 22 candidatos, segundo dados do governo. Grupos independentes relatam entre 31 e 34 mortos. Mesmo assim, o INE garantiu a segurança nas urnas, argumentando que esses 222 locais de voto representam pouco mais de 0,1% das cerca de 170 mil seções eleitorais instaladas.
Mais de 98 milhões de eleitores estavam aptos a votar, e estas são as maiores eleições da história do país, com mais de 20 mil cargos em disputa, incluindo a Câmara dos Deputados (500) e o Senado (128), além de oito governadores, o governo da Cidade do México e outros cargos regionais e locais, de acordo com o INE mexicano.
Candidatas
As duas principais candidatas à presidência são Claudia Sheinbaum, do partido de centro-esquerda Movimento Regeneração Nacional (MORENA), que integra a coligação governamental Vamos Continuar a Fazer História, e Xóchitl Gálvez, do conservador Partido da Ação Nacional (PAN), que faz parte da coligação de oposição Força e Coração pelo México.
A eleição de uma presidente seria um grande avanço em um país com níveis alarmantes de violência de gênero e profundas disparidades nesta área. Na sua forma mais extrema, a misoginia no México se manifesta através das altas taxas de homicídios e outros crimes violentos contra as mulheres.
O escrutínio também é marcado pelo maior número de observadores eleitorais estrangeiros na história do país, com mais de 1.300 elementos credenciados.
(Com Agências Internacionais).
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