Commodities
Minério de ferro tem resultados mistos, ante ‘persistência’ de preocupação com crise imobiliária chinesa
Enquanto a commodity recuou 2,5% na bolsa de Dalian, na bolsa de Singapura, alta foi de 0,3%
A persistência das preocupações do mercado – tanto com a ‘interminável’ crise imobiliária chinesa, quanto em relação à fraca demanda por parte das siderúrgicas do gigante asiático – determinou resultados mistos para as cotações do minério de ferro, na sessão desta segunda-feira (23).
Como reflexo, enquanto a commodity mais negociada na bolsa de Dalian (China) recuou 2,5% a 835 iuanes ou US$ 114,13 a tonelada, o similar negociado na bolsa de Singapura apresentou modesta alta, de 0,3%, para US$ 112,95 a tonelada, depois de chegar a cair 1,7%, na mesma sessão – um de seus níveis mais baixos desde 11 de outubro.
Ainda sobre a crise imobiliária mandarim, as perspectivas não são muito animadoras, uma vez que são esperadas mais inadimplências entre as empresas do setor, que responde por parcela substancial da demanda de aço no país asiático. As dificuldades locais estão relacionadas às vendas fracas de imóveis por parte das incorporadoras, situação agravada pelo fato de que a captação de recursos estar mais difícil, apontam analistas de crédito.
Como exemplo, aqueles que detêm títulos da incorporadora imobiliária chinesa Country Garden vêm buscando negociar com urgência tais papéis, depois que a empresa deixou de pagar um cupom de US$ 15 milhões, o que a coloca sob risco iminente de inadimplência.
“A provável inadimplência aumenta a preocupação de que a fraca demanda no mercado doméstico da China continue sendo um obstáculo para o aço e o minério de ferro”, admitiram, em nota, analistas da ANZ Research.
Ao mesmo tempo, no mercado à vista, o minério de ferro com 62% de ferro avançou 0,3% a US$ 115,55 a tonelada, após ‘tombar’ 4%, sexta-feira (20), no mercado à vista, segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights. Com o resultado, a desvalorização acumulada do insumo siderúrgico este mês chega a 3,6%, e de 1,5% no ano.
Geralmente comedido em suas avaliações sobre o setor, na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou um alerta, ao prever que a crise no mercado imobiliário chinês poderá trazer reflexos graves à economia local, além de afetar o crescimento econômico global.
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