Moagem de cana na 2ª metade de agosto é prejudicada pela chuva; produção de açúcar sobe 16,3%

A associação Unica informou que a moagem de cana do centro-sul do Brasil chegou a 42,1 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto, redução de 12,2% em relação ao mesmo período da safra 2019/20. As chuvas foram responsáveis pela queda no ritmo de colheita e da intensidade do crescimento da produção de açúcar.

A moagem na primeira quinzena do mês havia chegado a 46,4 milhões de toneladas.

As maiores reduções de moagem por causa das chuvas foram registradas no Estado do Paraná e Mato Grosso do Sul, sendo que em São Paulo as regiões de Assis e Piracicaba foram as mais impactadas, disse o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues.

Contudo, não houve queda na moagem em regiões como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

“Nessas regiões, o clima seco permaneceu e pode influenciar a produtividade da lavoura nos próximos meses”, explicou Rodrigues.

A qualidade da cana está sendo favorecida pelo tempo seco na maior parte da safra. Na segunda quinzena de agosto, a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) foi de 156,07 kg por tonelada, ante a 151,01 no mesmo período da safra anterior.

O indicador de qualidade atingiu 139,34 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar no acumulado até 1º de setembro, avanço de 4,54%.

No centro-sul, a produção de açúcar subiu 16,34% na segunda quinzena do mês passado na comparação anual, para 2,9 milhões de toneladas, ainda assim ficando aquém das mais de 3 milhões dos primeiros quinze dias de agosto.

Da cana colhida na segunda quinzena de agosto, 46,84% foi para a produção de açúcar, contra 47,6% na primeira parte do mês, e ante a 36,5% na safra anterior.

Também no centro-sul, a produção de etanol caiu 21% na comparação anual, fechando a segunda quinzena de agosto em 2,16 bilhões de litros.