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Economia

Morgan Stanley revisa para cima projeções para economia brasileira em 2020 e 2021

Analistas alertaram que estimativas estão condicionadas ao país manter sua âncora fiscal.

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O Morgan Stanley aumentou as projeções para a performance da economia do Brasil em 2020 e 2021, citando que consumidores e empresários se encontram em posição melhor para contribuírem para a retomada, tendo ao redor um cenário de política monetária expansionista.

O novo recuo esperado pelo banco para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano é de 4,5%, frente a encolhimento de 5,1% do levantamento anterior. Em 2021, a estimativa é de crescimento de 3,6%, ante 3,2% de antes.

Já a mais recente pesquisa Focus do Banco Central trouxe previsões mais contidas, com o mercado projetando queda de 5,05% do PIB em 2020 e salto de 3,50% no próximo ano.

A mudança das projeções foi informada em relatório nesta sexta-feira pelos analistas do banco norte-americano, que compararam os números com as perspectivas para o México e concluíram que a economia brasileira está “bem à frente” do país latino-americano no caminho para a recuperação.

“E esperamos que esse continue sendo o caso nos próximos meses, com base nos tamanhos relativos dos pacotes de estímulo fiscal, melhora no sentimento e menor consequência dos impactos iniciais causados pela Covid-19”, escreveram os analistas do Morgan Stanley.

“Acreditamos que o fator mais relevante para se observar a partir de agora é a dinâmica do mercado de trabalho e a migração de renda emergencial para renda via emprego (o que pode golpear a recuperação)”, acrescentaram.

Contudo, eles ponderaram sobre a questão fiscal, estimando que possa haver uma “limitada (em tamanho e tempo) derrapada fiscal” no Brasil, mas não um “descarrilamento total” do teto de gastos, com perspectiva de que uma flexibilização “temporária” nessa âncora acompanhe algum progresso “parcial” na agenda de reformas que vise solucionar empecilhos ao crescimento de longo prazo.

“Se o Brasil evitar afrouxar sua âncora fiscal, vemos a retomada da agenda de reformas e a política monetária expansionista como propulsoras do consumo e do investimento”, destacaram.

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