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Moscas que testemunham a morte de outras da mesma espécie têm um processo de envelhecimento acelerado

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Um recente estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan revelou uma descoberta intrigante.  As moscas-das-frutas que são expostas aos cadáveres de suas próprias espécies tendem a envelhecer mais rapidamente, apresentando uma vida útil reduzida e até mesmo sendo evitadas por outras moscas.

Essa pesquisa lança luz sobre a influência da percepção de um animal em sua saúde física e pode fornecer insights valiosos sobre os mecanismos do envelhecimento.

Inicialmente, o objetivo dos cientistas era investigar se as moscas-das-frutas desenvolveriam imunidade aprimorada ao entrarem em contato com moscas doentes.  No entanto, os resultados revelaram dados surpreendentes. Acompanhe os detalhes desse estudo revelador.

A influência da morte nas moscas-das-frutas

Ao perceberem que a morte de uma mosca tem um impacto muito maior na vida de outros indivíduos da mesma espécie do que se imaginava, os pesquisadores decidiram mudar o foco de suas investigações.

O biólogo da Universidade de Michigan, Scott Pletcher, destaca o interesse do laboratório em compreender como o cérebro controla o processo de envelhecimento.

Assim, o experimento foi iniciado com a morte de um grupo de moscas-das-frutas, cujos corpos foram posteriormente coletados para serem expostos a moscas vivas, enquanto suas atividades cerebrais eram registradas em laboratório.

A relação entre a percepção da morte e o envelhecimento acelerado

O estudo publicado na revista PLOS Biology revelou que determinados neurônios específicos no cérebro das moscas-das-frutas são ativados quando elas visualizam outros membros de sua espécie mortos.

Especificamente, a atividade no corpo elipsoide, uma região cerebral responsável pelo processamento visual, aumentou significativamente.

Em seguida, os pesquisadores utilizaram corante fluorescente para identificar os neurônios envolvidos nessa resposta à morte.

Quando esses neurônios eram ativados durante a exposição aos cadáveres, as moscas apresentavam perda de gordura armazenada e tinham sua expectativa de vida reduzida.

Além disso, as moscas que haviam sido expostas à morte eram visualmente “marcadas” e evitadas por outras moscas, como se fossem um presságio da morte.

Surpreendentemente, quando os mesmos neurônios foram desativados em laboratório, a visão das moscas-das-frutas mortas não afetou a expectativa de vida das demais.

Esses resultados sugerem que a percepção da morte pode influenciar o comportamento das moscas e seu tempo de vida.

Avançando em direção ao entendimento das interações sociais e longevidade

Os pesquisadores acreditam que a exposição às moscas-das-frutas mortas pode incentivar outras moscas a se reproduzirem mais rapidamente, o que pode diminuir sua expectativa de vida, mas promover o sucesso reprodutivo da espécie.

Os próximos passos dessa pesquisa envolvem a investigação do impacto das interações sociais nas expectativas de vida desses insetos.

Compreender como a percepção da morte e outras interações afetam a saúde física e a longevidade nas moscas-das-frutas pode trazer perspectivas interessantes para o estudo dos mecanismos do envelhecimento e também fornecer insights sobre a influência desses fatores em seres humanos.

Jornalista, apaixonada por escrita desde pequena me encontrei no universo da comunicação digital. Já escrevi sobre diversos assuntos e minha missão é levar informação e conhecimento de forma simples e objetiva para o leitor, seja ele quem for!

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