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Motoristas de app: até água e rádio é cobrado

Alguns condutores realizam cobranças de taxas por ‘benefícios extras’ aos passageiros. Você sabia disso?

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Ao contratar os serviços de um motorista por meio de aplicativos de corridas, é cada vez mais comum encontrar placas anunciando a venda de produtos adicionais, como água ou guloseimas nos veículos.

Além disso, surgiram relatos de motoristas que cobram por serviços simples, como ligar o ar-condicionado ou até mesmo abrir a janela. Na mesma semana em que uma polêmica surgiu sobre o uso do ar-condicionado durante uma onda de calor intensa, outro caso chamou a atenção nas redes sociais.

Uma internauta chamada Nahuara, que solicitou um serviço de Uber pela manhã do dia 28 de setembro, fotografou uma placa que cobrava um valor para ligar o rádio. Sua postagem rapidamente se tornou viral, desencadeando um acalorado debate na internet.

Em relato da passageira:

“Quando compartilhei nas redes sociais, a publicação fez muito sucesso. Muitas pessoas ficaram chocadas. Como a ideia de cobrar para ouvir música é bastante absurda, algumas pessoas especularam se o código do PIX na placa seria, na verdade, uma alternativa de pagamento da corrida. O problema era que não estava bem explicado, e parecia mesmo uma taxa pela música.”

Por que isso está acontecendo?

De acordo com relatos de motoristas que trabalham para aplicativos, a diferença entre usar ou não o ar-condicionado pode representar um acréscimo de R$ 15 a R$ 20 no bolso do proprietário do veículo ao final do dia. Embora essa quantia possa parecer pequena, ela deve ser multiplicada pelo número de dias trabalhados ao longo do mês.

Segundo Eduardo Lima, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), as plataformas estão repassando quantias muito baixas aos colaboradores, e é por isso que essas situações de cobrança por serviços extras estão se tornando cada vez mais comuns.

Segundo Lima:

“Infelizmente, esse é o mecanismo ao qual os motoristas têm recorrido, dadas as tarifas altamente defasadas e os aumentos recentes no preço dos combustíveis. Todos gostariam de proporcionar mais conforto aos passageiros, mas as condições não permitem, a menos que se trate de corridas em categorias superiores, onde os valores pagos pelos passageiros (e recebidos pelos motoristas) são mais altos.”

Quando questionado sobre o caso da cobrança pela música, Eduardo afirmou que isso era algo novo para ele, mas destacou que a justificativa para essa prática é que os motoristas enfrentam dificuldades para equilibrar as contas no final do mês e, por isso, recorrem a essas estratégias.

As empresas de aplicativos têm posicionamentos distintos sobre essa questão. A InDrive afirmou que, se o usuário sentir que a corrida não foi conduzida de maneira honesta, ele pode avaliar negativamente o motorista, e as providências necessárias poderão ser tomadas no futuro.

A 99 orienta que o passageiro e o motorista devem combinar os detalhes para que o trajeto ocorra da melhor forma possível para ambos. Quanto à Uber, até o momento, a empresa não emitiu um posicionamento sobre o assunto, mas pode fazê-lo no futuro.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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