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Mercado de Trabalho

Mudanças climáticas ameaçam profissões – quais carreiras correm risco?

Alterações climáticas estão transformando o mercado de trabalho global, com impactos significativos em diversos setores.

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As mudanças climáticas estão provocando uma reestruturação significativa no mercado de trabalho mundial. Eventos extremos, como a histórica seca no Rio Solimões em 2024, destacam a urgência de adaptar carreiras às novas realidades climáticas.

Pesquisadores sugerem que diversas profissões podem desaparecer ou sofrer reduções drásticas nos próximos anos devido à transição para uma economia mais sustentável.

No Brasil, especialistas acreditam que a extinção de algumas ocupações será inevitável, sobretudo em setores que dependem de recursos naturais.

A necessidade de cumprir acordos climáticos intensifica a busca por alternativas sustentáveis, afetando diretamente o mercado de trabalho. Contudo, essa transição também pode abrir portas para o surgimento de novas oportunidades.

Profissões em risco com as mudanças climáticas

Setores como agricultura e pesca são especialmente vulneráveis às mudanças climáticas. A escassez de recursos naturais compromete a viabilidade econômica dessas atividades, forçando muitas comunidades a reavaliar suas fontes de sustento.

A agricultura, por exemplo, enfrenta desafios com a imprevisibilidade climática, exigindo novas estratégias de adaptação.

A pressão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa afeta diretamente indústrias de alta emissão, como as termelétricas. Consequentemente, profissões relacionadas à produção de energia fóssil enfrentam o risco de extinção.

Da mesma forma, o setor automotivo tradicional, baseado em combustíveis fósseis, precisa se reinventar para sobreviver às exigências ambientais.

Carreiras em declínio

  • Agricultores de subsistência
  • Trabalhadores da indústria de carros a combustão
  • Operadores de termelétricas
  • Extrativistas
  • Pescadores artesanais

Novas oportunidades emergentes

Por outro lado, o avanço tecnológico cria demanda por profissionais que desenvolvem soluções inovadoras para monitoramento climático e gestão de riscos. Além disso, outras atividades cuja demanda deve crescer são:

  • Profissões relacionadas à energia renovável estão em ascensão, com destaque para engenheiros de energia solar e eólica.
  • Especialistas em sustentabilidade, como engenheiros ambientais, serão essenciais para mitigar impactos climáticos.

Adaptação ao novo cenário

No Brasil, entidades como a Fundacentro do MTE promovem estudos para orientar trabalhadores sobre os riscos associados às mudanças climáticas.

Enquanto isso, categorias profissionais já negociam cláusulas para garantir condições de trabalho adequadas, como jornadas adaptadas ao calor extremo e fornecimento de equipamentos de proteção.

A transição para uma economia sustentável deve ser equilibrada, assegurando que os trabalhadores tenham o suporte e a capacitação necessários. O governo, portanto, desempenha um papel crucial na coordenação de políticas que protejam os empregos diante dos desafios climáticos.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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