Economia
Na América Latina, 1 em cada 4 jovens não estuda nem trabalha
Crise do desemprego e da educação na América Latina atinge proporções alarmantes.
Um estudo recente, desenvolvido pela instituição Ajuda em Ação e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), expõe a situação crítica que envolve a juventude latino-americana: 25% dos jovens entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham.
Apresentado no Parlamento Europeu, o relatório mostra uma situação ainda mais preocupante para as mulheres jovens, das quais mais de 70% se dedicam exclusivamente a trabalhos de assistência não remunerados.
A falta de oportunidades alinhadas à educação contribui de modo significativo para esse cenário desafiador.
Embora a geração atual de jovens seja uma das mais educadas da história da região, muitos ainda enfrentam dificuldades para encontrar empregos bem remunerados.
A discrepância salarial também é evidente, pois 20% dos jovens empregados recebem rendimentos abaixo da linha da pobreza, conforme destaca Andrés Espejo, oficial de Assuntos Econômicos da CEPAL.
Região ainda demonstra ter grande desigualdade de gênero no mercado de trabalho – Imagem: reprodução/Tim Mossholder/Unsplash
Setor de serviços e insegurança no emprego
Cerca de 60% dos jovens empregados na América Latina trabalham na área de serviços. No entanto, a qualidade do emprego nessa indústria depende diretamente da disponibilidade de postos formais.
O crescimento econômico precisa acompanhar essa demanda para evitar um aumento do desemprego juvenil.
Políticas públicas como solução
Andrés Espejo apresenta uma perspectiva de mudança ao enfatizar a importância de políticas públicas que promovam a produtividade e o crescimento econômico.
A implementação dessas medidas pode prevenir cenários sombrios de desemprego e informalidade crescentes.
Assim, alguns desafios estruturais serão enfrentados, como:
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Alta informalidade trabalhista e contratos precários;
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Desigualdade de gênero, que mantém milhares de mulheres em empregos não remunerados;
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Desconexão entre educação e mercado de trabalho.
Rafael De Dezcallar, diretor do Conselho de Ajuda em Ação, defende uma mudança estrutural em direção a um modelo econômico mais sustentável e inclusivo, capaz de engajar ativamente os jovens na produtividade.
Colaboração internacional como caminho
Leire Pajín, membro do Parlamento Europeu, destaca a importância de uma aliança estratégica entre a Europa e a América Latina para combater a pobreza e as desigualdades e garantir igualdade no acesso ao emprego e à educação.
A implementação de políticas adequadas pode reverter tal crise. Melhorar a educação, fortalecer o mercado de trabalho e assegurar a igualdade de oportunidades são essenciais para evitar que uma geração inteira fique presa na inatividade, o que ameaça o desenvolvimento regional.

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