Bancos
Nova âncora fiscal é essencial para que o pais retome a trilha do crescimento
Febraban se dispõe a contribuir com o governo na construção de novo arcabouço
O país não pode abrir mão de uma nova âncora fiscal, em substituição ao teto de gastos, e cabe ao setor privado contribuir com o Poder Executivo nessa tarefa.
O recado foi dado, neste último sábado (4) pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, ao participar do Lide Brazil Conference, em Lisboa, Portugal. A preocupação do dirigente da principal entidade financeira do país é de encontrar alternativas que ‘façam avançar’ o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que deverá crescer menos de 1% este ano, segundo estimativas do próprio mercado financeiro, por meio do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC).
A necessidade de um “novo arcabouço fiscal”, que deve ser objeto de estudos e propostas, a serem apresentadas pelo setor financeiro ao Ministério da Fazenda, foi acentuada por Sidney, ao lançar um questionamento. “Por que o setor produtivo, financeiro e não financeiro, não constrói, com o governo, uma proposta de novo arcabouço fiscal? Podemos e devemos, nós, os agentes econômicos, levar ao ministro da Fazenda nossas ideias de uma nova âncora fiscal, robusta e exequível”.
Quanto à forma de adoção da nova âncora fiscal, o líder bancário entende que isso não deve ser feito “de forma imediata, como um fim em si mesmo, uma corrida desesperada para que a dívida pública se sustente. O que estou dizendo é que temos de perseguir um horizonte de tempo para alcançar receitas e despesas sustentáveis”.
Ao lembrar que o Brasil já dispõe de ‘excesso’ de diagnósticos para seus problemas estruturais e cíclicos’, Sidney entende que agora são ‘necessárias ações’. “O que quero dizer é que o Brasil continua patinando, ano após ano. Não estou me referindo ao governo atual sendo um País de muitas análises e de poucas ações. Não saímos do lugar”, criticou.
Sobre o desempenho da economia, o presidente da Febraban apontou que “temos experimentado um crescimento medíocre há bastante tempo, em vários governos, independentemente de pandemias e guerras. Já sabemos que crescimento e geração de emprego e renda são a política social mais eficiente que pode existir.”
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