Nova ferramenta permite transferir bitcoins após a morte

As criptomoedas vem sendo utilizadas em diversas transações bancárias e estão, sem sombra de dúvidas, configurando-se no meio monetário no qual o próprio Metaverso irá basear-se para interagir financeiramente nesse mundo virtual que até então está em fase de “criação” — se bem que não sei se esse termo é o que define melhor a etapa pela qual o Metaverso está passando.

Todavia, essa premissa não é a mais relevante. O que importa, de fato, é que as transações feitas com bitcoin e as criptomoedas em geral, ocorrem por transferências feitas entre carteiras de bitcoins que estão incluídas dentro da Blockchain. Essas carteiras, por sua vez, possuem uma chave ( alguns chamam  de semente), que é utilizada para efetuar essas transações, como uma espécie de criptografia ou “DNA” que comprova matematicamente que essas criptomoedas vieram da carteira do dono, efetivamente.

No entanto, existe uma dúvida crucial em torno dessa dinâmica que pauta-se na seguinte premissa: tem como transferir bitcoins após a morte? De acordo com uma pesquisa feita pelo Cremation Institute, em 2020, demonstra que 89% das pessoas que investem em criptoativos preocupam-se com essa premissa. Em vista disso, surgiu uma ferramenta que promete conseguir, de fato, transferir Bitcoins após a morte de forma fácil e segura. Pensando nessa problemática, a Digital Financial Exchange lançou uma ferramenta chamada de “Programa de Nomeação”.

Essa ferramenta, basicamente, baseia-se em um sistema fundamentado em blockchain que permite definir “herdeiros” para carteiras de criptomoedas. De acordo com o CEO da startup, Jeetu Kataria, qualquer pessoa pode ser definida como herdeiro por esse sistema, independente de haver relação parental de sangue, ou não. Esse sistema, de acordo com Kataria, é efetivamente mais seguro do que simplesmente passar os dados da carteira como geralmente as pessoas fazem pois qualquer erro de digitação pode resultar no bloqueio da carteira de bitcoins e, consequentemente, tornar-se-ia quase impossível acessar as criptomoedas uma vez que a blockchain bloqueia a carteira.