Novo Ensino Médio em risco: a batalha pela qualidade da educação no Brasil

O Novo Ensino Médio, que teve início em 2021, tem gerado debates e análises por parte de entidades estudantis e profissionais da educação. Estes grupos solicitam a revogação das mudanças aplicadas nesta etapa da educação básica, enquanto o Governo Federal busca aprimorá-las.

Quais são os argumentos contra o Novo Ensino Médio?

Dentre as principais críticas ao Novo Ensino Médio, destacam-se a necessidade de qualificação adequada dos profissionais responsáveis pelos itinerários formativos, além das alterações na grade curricular e na oferta de disciplinas optativas.

Existem chances de o Novo Ensino Médio ser cancelado?

Apesar dos pedidos de revogação, o cancelamento do Novo Ensino Médio parece improvável, ao menos para os representantes de escolas particulares, públicas e do Ministério da Educação que participaram da audiência pública realizada na última quarta-feira (21).

Em vez de cancelar as mudanças, os envolvidos no debate defendem ajustes e aprimoramentos no Novo Ensino Médio, como declarou Geniana Faria, secretária-adjunta do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).

O Ministério da Educação (MEC) iniciou uma consulta pública que termina no dia 5 de julho de 2023, com o objetivo de recolher propostas e avaliar o Novo Ensino Médio (NEM).

Durante a audiência, Maurício Holanda Maia, representante do MEC, reconheceu que uma reforma substancial neste momento é “complicada”. Ele sugeriu que uma das alterações viáveis seria ampliar a presença da formação geral básica no currículo.

Quais são as possíveis soluções e desafios para o aprimoramento do Novo Ensino Médio?

Um dos principais desafios para promover melhorias no Novo Ensino Médio é a necessidade de alterações na legislação, conforme mencionado pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), que solicitou a realização da audiência pública.

Dorinha Seabra alerta para a urgência dessas alterações, salientando que não se pode esperar anos para realizar as devidas mudanças. Por outro lado, o Ministério da Educação tem buscado realizar consultas públicas, contando com a participação de mais de 38 mil pessoas para aprimorar essa etapa da educação.

É válido lembrar que a implantação do Novo Ensino Médio foi temporariamente suspensa pelo ministro da educação, Camilo Santana.