Mercado de Trabalho
Novo teste pode revelar se você é viciado em trabalho
Veja se você é workaholic e em qual nível de vício em trabalho está.
No mundo contemporâneo em que vivemos, caracterizado pela constante conectividade e pela pressão por produtividade, um fenômeno tem se tornado cada vez mais evidente: o vício em trabalho, ou workaholism.
Psicólogos e especialistas em saúde ocupacional consideram esse comportamento uma forma de dependência, com suas próprias causas e consequências. Mas o que é, de fato, o vício em trabalho, e como podemos identificar se estamos propensos a ele?
O que é vício em trabalho?
O workaholism é mais do que simplesmente ser dedicado ou apaixonado pelo que se faz. Diferentemente de um trabalhador comprometido — alguém que investe tempo e esforço em prol de um objetivo ou carreira —, o workaholic sente uma compulsão interna por trabalhar, mesmo que isso signifique sacrificar outras áreas de sua vida.
Esse comportamento pode ser identificado por quatro dimensões principais, conforme discutido por pesquisadores: motivações, pensamentos, emoções e comportamentos.
Indivíduos viciados em trabalho costumam experimentar sentimentos negativos quando não estão trabalhando e têm dificuldade em relaxar.
A obsessão pelo trabalho pode afetar não apenas a vida profissional, mas também a saúde física e emocional.
Estudos mostram que os viciados em trabalho podem sofrer de condições como insatisfação com a vida e problemas de saúde, incluindo fadiga e estresse.
Reconhecer os sinais de que alguém pode ser um workaholic é o primeiro passo para lidar com essa dependência. Aqui estão alguns sinais comuns:
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Pressão interna para trabalhar: sentir que sempre deve estar trabalhando, independentemente das circunstâncias;
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Dificuldade em desconectar: gastar o tempo livre pensando ou preocupando-se com o trabalho;
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Irritação com ausências: ficar irritado ao perder um dia de trabalho, mesmo que por motivos pessoais ou de saúde;
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Superação de exigências: frequentemente ir além do que é esperado em termos de dedicação e horas de trabalho;
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Trabalho em momentos de pausa: trabalhar enquanto os colegas estão em períodos de descanso.
Uma maneira simples de avaliar seu nível de dependência do trabalho é responder às seguintes perguntas com uma escala de 0 a 5, em que 0 significa ‘nunca’ e 5 ‘sempre’:
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Grande parte dos seus pensamentos está relacionada ao trabalho?
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Você costuma pensar muito em trabalho nos momentos de descanso?
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Você sente uma pressão interna para trabalhar frequentemente?
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Você tem uma vontade efetiva de trabalhar todo o tempo, até fora do expediente?
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Você fica irritado quando perde um dia de trabalho, independentemente do motivo?
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Você se sente agitado quando algo impede você de trabalhar?
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Você vai além das exigências do seu trabalho?
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Você trabalha quando seus colegas fazem uma pausa?
Uma pontuação total de 32 ou mais indica uma forte tendência ao vício em trabalho.
Vício em trabalho tem se tornado comum também devido ao home office – Imagem: reprodução
Consequências do vício em trabalho
Embora o trabalho excessivo possa trazer ganhos temporários, como reconhecimento profissional e aumento nas vendas, as consequências a longo prazo geralmente são negativas.
A fadiga, o estresse e o risco aumentado de cometer erros são apenas algumas das armadilhas que os workaholics enfrentam.
Além disso, a saúde física e mental tende a deteriorar-se, resultando em insatisfação geral com a vida.
Pesquisas também mostraram que o desempenho de viciados em trabalho não necessariamente supera o de seus colegas que mantêm um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.
Em alguns casos, o excesso de horas não se traduz em melhor qualidade do trabalho, levando a um ciclo vicioso de esgotamento e frustração.
A tecnologia, embora tenha facilitado a comunicação e o trabalho remoto, também tem contribuído para o aumento do vício em trabalho.
As ferramentas digitais permitem que as pessoas estejam sempre conectadas, dificultando a separação entre tempo de trabalho e lazer.
Nesse cenário, a pandemia de Covid-19 exacerbou tal condição ao promover o trabalho em casa, levando muitos a perderem a noção das fronteiras entre vida profissional e pessoal.
Infelizmente, não existe uma solução mágica para curar o vício em trabalho. No entanto, algumas medidas podem ajudar a mitigar suas consequências.
Práticas como a atenção plena podem auxiliar na promoção do bem-estar emocional e na redução de comportamentos compulsivos.
Estabelecer horários rígidos para o trabalho e garantir intervalos regulares são hábitos que conseguem promover um equilíbrio saudável.
Empresas também podem contribuir, implementando políticas que valorizem o bem-estar dos funcionários. Isso inclui monitoramento do tempo de trabalho, limitação do acesso a e-mails fora do expediente e incentivo a uma cultura que respeite a desconexão.
*Com informações de O Globo.
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