MEI
Número de MEIs de estrangeiros no Brasil cresceu 80% nos últimos anos
Atualmente existem 76,8 mil ‘gringos’ empreendedores formalizados no país.
Atualmente, existem 12 milhões de MEIs ativos no Brasil, mas nem todos são gerenciados por brasileiros. Nos últimos cinco anos, o Brasil tem se tornado um terreno fértil para microempreendedores estrangeiros.
Um levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal, evidencia uma ascensão de 80% no número de MEIs estrangeiros.
Atualmente, o país conta com 76,8 mil microempreendedores individuais de diversas nacionalidades. Esse expressivo crescimento decorre de fatores como a busca por estabilidade e novas oportunidades. Estrangeiros, principalmente de países vizinhos da América do Sul, lideram essa iniciativa, demonstrando resiliência e inovação.
O aumento contínuo na formalização tem sido um alicerce para muitos imigrantes recomeçarem suas vidas no país. A diversidade é notável e reflete a pluralidade de culturas que compõem o Brasil.
O microempreendedorismo tem ajudado muitos brasileiros e também estrangeiros que vivem no país – Imagem: reprodução
Perfil dos microempreendedores estrangeiros
A análise dos dados revela que imigrantes da América do Sul compõem a maioria dos MEIs estrangeiros no Brasil, conforme referido acima. Venezuelanos lideram com 16% do total, seguidos por bolivianos, colombianos e argentinos. Outros países, como Haiti e Uruguai, também se destacam.
O comércio varejista de vestuário e acessórios domina as atividades dos MEIs estrangeiros, representando 13,1%. A confecção de vestuário e os serviços de beleza também são populares. A diversidade das atividades reflete as habilidades e experiências trazidas pelos imigrantes ao Brasil.
São Paulo concentra o maior número de microempreendedores estrangeiros, com 31,3 mil profissionais. Os estados do Sul, como Santa Catarina e Paraná, seguem na lista. Em contrapartida, Amapá, Tocantins e Acre registram os menores números de MEIs de origem estrangeira.
Histórias de empreendedorismo e resiliência
Exemplos como o da venezuelana Norelis Madriz, que fundou a ProCriArt Awekü em Boa Vista, destacam a importância do empreendedorismo para refugiados. Com apoio do Sebrae, Madriz superou desafios e inspirou outras mulheres a seguirem seus passos.
A Agência da ONU para Refugiados e o Pacto Global da ONU, em parceria com o Sebrae, criaram uma plataforma para apoiar empreendedores refugiados. A iniciativa visa superar barreiras enfrentadas por estrangeiros, como burocracia e questões linguísticas.
Estrangeiros interessados em se formalizar como MEI podem acessar a plataforma Gov.br. Os documentos exigidos incluem o Registro Nacional Migratório ou Protocolo de Solicitação de Refúgio. O cadastro é realizado junto ao Departamento de Polícia Federal.
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