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Economia

Nunca foi tão caro ser bilionário: veja o que aumentou para os super-ricos

Em 2024, a alta nos custos de produtos luxuosos superou a inflação nos EUA, conforme estudo da Forbes.

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O mundo dos bilionários é conhecido por seu glamour e opulência, mas viver nesse universo tem se tornado cada vez mais caro. Segundo um levantamento da Forbes, o Índice de Custo de Viver Extremamente Bem (CLEWI, em inglês) subiu 4,7% em 2024.

Este aumento, embora seja inferior ao de anos anteriores, ainda supera a inflação geral dos Estados Unidos, que foi de 2,7% no ano passado (2024). Essa tendência revela que, apesar de uma desaceleração no crescimento, os preços dos bens de luxo continuam a subir.

Dentre os fatores que impulsionam esse aumento, estão os custos elevados das matérias-primas e da mão de obra. Artigos como iates, sapatos de grife e experiências exclusivas registram aumentos significativos, destacando o alto custo da opulência.

Principais tendências de preços

Nas últimas quatro décadas, o custo de vida da elite tem ficado acima da inflação. No entanto, o ritmo de crescimento nos últimos anos tem sido mais lento do que o patrimônio líquido combinado dos 400 bilionários americanos mais ricos.

A seguir, veja como ficou mais caro ser bilionário no último ano, a partir de seis diferentes categorias.

1. Moda e estilo

Os preços de moda subiram 8% em relação a 2023. Itens como um par de mocassins Gucci encareceram 14%, atingindo US$ 1.050. As camisas sob medida também tiveram uma alta significativa, de 19,2%.

2. Entretenimento e lazer

Os amantes do luxo têm visto um aumento de 5,4% nos preços de itens de entretenimento e lazer, como óperas e iates, em relação ao ano passado.

Um piano Steinway & Sons, por exemplo, custa agora US$ 223.900, enquanto um iate a vela Oyster 595 subiu para US$ 3,9 milhões.

3. Residência

Os custos residenciais subiram 4,9%, com destaque para piscinas olímpicas, que tiveram um acréscimo de 15%. Arranjos florais personalizados também se tornaram mais caros, aumentando 3,1%.

4. Serviços

Os serviços aumentaram 2,8%. Entre eles, uma semana em um spa de luxo na Califórnia ficou 8,4% mais cara. Contratar um gerente de propriedade agora custa 5,3% a mais.

5. Viagens e transporte

As despesas com viagens subiram 2%. Destaca-se o preço de aviões particulares, que aumentou 4%, com um Bombardier Global 7500 custando US$ 78 milhões.

6. Gastronomia

A alimentação de luxo registrou um aumento de 2,1%. Enquanto alguns produtos mantiveram os preços inalterados, como o caviar Ossetra, champanhes de prestígio subiram 5,3%.

Impacto no patrimônio dos super-ricos

Apesar do aumento nos custos, os bilionários americanos não têm motivo para se preocupar. O patrimônio líquido coletivo dos 400 mais ricos nos EUA cresceu 20%, alcançando US$ 5,4 trilhões.

O aumento do CLEWI é, portanto, facilmente absorvido por esse seleto grupo.

Embora os preços de bens de luxo estejam diminuindo seu ritmo de aumento, ainda ultrapassam a inflação geral. Isso reflete a contínua pressão inflacionária sobre o estilo de vida dos mais abastados, mesmo que ela seja praticamente irrelevante para as suas vastas fortunas.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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