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Mercado de Trabalho

O mercado de tecnologia e as mulheres, entenda!

Atualmente, é extremamente necessário investir na formação das mulheres no que tange o mercado tecnológico. Entenda!

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O mercado de trabalho no Brasil, quando trata-se de igualdade de gênero em determinados setores, esse assunto ou é trabalhado com um “tabu” ou as empresas fazem pouco caso não dando a importância que essa problemática, efetivamente, merece.

Todavia, no que tange o setor de tecnologia, por mais que existam inúmeros cursos desenvolvidos para a capacitação nessa área, o número de mulheres que atuam nesse ambiente ainda é bem pequeno.

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De acordo com Fernanda Faria, Diretora de Operações do projeto Reprograma que ensina mulheres em condição de vulnerabilidade a programar, existem duas barreiras que impedem essa inserção no mercado: uma que vem das próprias mulheres e a outra que ocorre pelas empresas. De acordo com Fernanda, “precisamos mudar o pensamento para que elas entendam que são mulheres produtoras de tecnologia, que são capazes e fazem parte disso.

No curso, a gente trabalha a ideia de que elas estão prontas para migrar de carreira ou mesmo iniciar carreira, já que muitas ainda não tiveram uma carreira formal. Mas, às vezes, acontece de mesmo quando recebem proposta de emprego não se sentirem prontas”.

Ainda em concordância com Fernanda, da parte das empresas, o que ocorre é que, geralmente, as companhias investem em dinheiro, e isso não é o fator principal para desempenhar esse papel, para ela, falta investimento em treinamentos.

Fernanda relata que se um funcionário junior, por exemplo, não está se saindo bem em uma determinada empresa, isso não é culpa dele, e sim da empresa que, teoricamente deveria treiná-lo. “A empresa precisa dar instrumentos necessários para que ela se desenvolva. Precisam dedicar tempo dos seus times para esse acompanhamento”, coloca.

Além disso, a fundadora do projeto Reprograma enfatiza que as empresas de tecnologia estão sentindo diretamente o apagão de funcionários qualificados para desempenhar determinados papéis nas empresas, uma vez que no início desse “boom” tecnológico as startups não tinham tanto esse dilema.

De acordo com Fernanda, as grandes empresas “começaram a sentir que o apagão de profissionais vai acontecer, principalmente em níveis pleno e sênior. Então, hoje, empresas de diversos tamanhos e segmentos, ainda que não tenham foco final em tecnologia, estão contratando”.

Por fim, Fernanda enfatiza que seu projeto está auxiliando diretamente as mulheres a trocarem os negócios tradicionais por empregos nos setores de tecnologia. Ela explica que mesmo não atuando diretamente em empresas voltadas à tecnologia, a maioria de suas formandas conseguem empregos em fintechs e bancos que estão investindo fortemente nesse quadro de funcionários.

“Boa parte das nossas formandas foram para fintechs e bancos. Teve um banco que contratou mais de 20 alunas de uma vez. Esse segmento tem investido bastante na área, até mesmo pelo movimento das próprias fintechs. Como o trabalho exige uma tecnologia grande e robusta interna, isso forçou os bancos a estarem mais tecnológicos”, conclui.

Geógrafo e pseudo escritor (ou contrário), tenho 23 anos, gaúcho, amante da sétima arte e tudo que envolva a comunicação

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