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O que é mais resistente que um diamante? A resposta vai te surpreender

Além da beleza, o diamante é também conhecido pela sua rigidez. Mas será que há um material ainda mais duro? Cientistas respondem.

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Conhecido pela beleza e riqueza associada, o diamante é também considerado um dos materiais mais rígidos e duros do mundo. Essa característica é tão impressionante que os cientistas começaram a testar até que ponto ela é capaz de ir.

Estudos recentes se debruçaram sobre a descoberta de um material que possa ser mais duro do que os diamantes. Um deles conseguiu chegar a algo que pode superar essa liderança.

A busca, ao contrário do que muitos podem imaginar, está associada à criação de materiais superduros que podem ser utilizados em aplicações práticas, seja na fabricação de objetos ou uso na indústria da construção civil.

O que já se sabe, segundo o químico Richard Kaner, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é que existem materiais mais duros que o diamante, mas que são impossíveis de serem usados na prática, pois não se pode segurá-los na mão ou aplicá-los em larga escala.

A dureza do material

A dureza é, muitas vezes, confundida com rigidez, resistência ou durabilidade. Esses elementos até podem se correlacionar, mas o poder do diamante não se restringe a isso.

Os geólogos costumam medir a dureza de diferentes formas. A principal delas é o uso da métrica comparativa, chamada “escala de dureza de Mohs”. Trata-se de uma forma de identificar materiais em campo com base na capacidade de arranharem uns aos outros.

No caso do diamante, a classificação é 10, ou seja, está no topo do ranking. Isso significa que ele é capaz de arranhar qualquer superfície.

Análise no laboratório

Nas análises realizadas nos laboratórios, o trabalho é ainda mais preciso, pois é realizado o teste de dureza Vickers, ou seja, que determina a dureza do material a partir da força necessária para perfurá-lo.

A composição do diamante se caracteriza pela junção de átomos de carbono em estrutura cúbica que são unidos por ligações curtas e fortes, ampliando a rigidez e a força do material.

Aqueles que ameaçam a soberania do diamante, ou que são considerados mais duros, adotam essa tática para alterar a própria estrutura ou substituir átomos de carbono por átomos de boro ou nitrogênio.

Possível ameaça

Um possível candidato para superar o diamante seria a lonsdaleíta, que também é composta por átomos de carbono, mas dispostos em uma estrutura hexagonal, em vez de cúbica. Isso significa que as ligações são um pouco mais longas e espaçadas.

Esse mineral tem intrigado os cientistas, pois, até pouco tempo, ele era encontrado em quantidades irrisórias. Recentemente, estudiosos encontraram cristais de lonsdaleíta do tamanho de faixas de mícrons em meteoritos.

O tamanho ainda é pequeno, porém bem maior do que o que havia sido descoberto até então. Além disso, estudiosos já começaram a anunciar a criação de lonsdaleíta em laboratório, apesar de não conseguirem fazer com que ela persista por muito tempo.

Na prática

Os testes seguem a todo vapor, mas a crença atual é de que esse mineral não será suficiente para substituir o diamante em aplicações práticas.

Em geral, os cientistas gastam muito tempo tentando inventar materiais superduros que possam ser produzidos em larga escala, mas ainda não conseguem superar o diamante.

O que se pode afirmar sobre o futuro, considerando a continuidade dessas pesquisas, é que possíveis ameaças podem ser descobertas e superar o diamante. Até o momento, contudo, ele continua predominando.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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